Avaliação por tomografia computadorizada da hiperdistensão pulmonar induzida por PEEP em indivíduos normais e em pacientes com insuficiência respiratória aguda

Autores

  • Silvia R.R. Vieira
  • Louis Puybasset
  • Jack Richecoeur
  • Qin Lu
  • Philippe Cluzel
  • Pablo Gusman
  • Pierre Coriat
  • Jean-Jacques Rouby

Palavras-chave:

Lesão pulmonar aguda, síndrome da angústia respiratória aguda, tomografia computadorizada, recrutamento alveolar, hiperdistensão, pressão expiratória final positiva

Resumo

OBJETIVO: O objetivo do presente estudo foi determinar o limite tomográfico da hiperdistensão pulmonar em indivíduos normais, bem como avaliar o recrutamento
e a hiperdistensão pulmonares induzidos pela pressão expiratória final positiva em pacientes com lesão pulmonar aguda.
MATERIAIS E MÉTODOS: Inicialmente, o limite da hiperdistensão pulmonar foi determinado em seis voluntários sadios, nos quais tomografias computadorizadas espiraladas de tórax foram obtidas em capacidade residual funcional e em capacidade
pulmonar total mais pressão positiva de 30 cm H2O. Posteriormente, foram avaliados seis pacientes com lesão pulmonar aguda nos quais as tomografias foram obtidas em zero de pressão expiratória final positiva e em pressão expiratória final positiva. As tomografias computadorizadas foram realizadas do ápex ao diafragma, e os volumes pulmonares quantificados por análise dos histogramas de densidade.
RESULTADOS: A análise dos histogramas de densidade em voluntários sadios em capacidade residual funcional mostrou histogramas monofásicos, com um pico em
-791 + 12 UH. Em capacidade pulmonar total, o volume pulmonar aumentou em 79 + 35% e o pico das densidades pulmonares caiu para -886 + 26 UH. Mais de 70% do aumento no volume pulmonar foi localizado abaixo de -900 UH, sugerindo que este valor possa ser definido como o limite da hiperdistensão. Os pacientes com lesão pulmonar aguda mostraram em zero de pressão expiratória final positiva uma distribuição monofásica (n=3) ou bifásica (n=3), com densidades pulmonares médias situadas em 319 + 34 UH. Com a aplicação de pressão expiratória final positiva, o
volume pulmonar aumentou em 47 + 19%, enquanto que as densidades pulmonares caíram para -538 + 171 UH. Pressão expiratória final positiva induziu um recrutamento alveolar de 320 + 160 ml e uma hiperdistensão de 238 + 320 ml.
CONCLUSÕES: O limite de hiperdistensão em voluntários sadios foi de -900 UH. Este limite pode ser usado em pacientes com lesão pulmonar aguda para diferenciar
recrutamento alveolar de hiperdistensão pressão expiratória final positiva induzidos.

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Publicado

14-06-2022

Como Citar

1.
R.R. Vieira S, Puybasset L, Richecoeur J, Lu Q, Cluzel P, Gusman P, Coriat P, Rouby J-J. Avaliação por tomografia computadorizada da hiperdistensão pulmonar induzida por PEEP em indivíduos normais e em pacientes com insuficiência respiratória aguda. Clin Biomed Res [Internet]. 14º de junho de 2022 [citado 29º de abril de 2025];19(3). Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/hcpa/article/view/125244

Edição

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