Fibromialgia e disfunção temporomandibular: uma revisão de escopo

Autores

  • Tenille Dal Bosco Laboratório de Farmacologia da Dor e Neuromodulação: Investigações Pré-Clínicas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre - RS, Brasil. Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre - RS, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-9189-9407
  • Iraci Laboratório de Farmacologia da Dor e Neuromodulação: Investigações Pré-Clínicas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre - RS, Brasil. Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre - RS, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-3081-115X
  • Dirson Laboratório de Farmacologia da Dor e Neuromodulação: Investigações Pré-Clínicas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre - RS, Brasil. Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre - RS, Brasil. https://orcid.org/0000-0003-0696-0195
  • Fabrício Associação Brasileira de Odontologia – Seção Rio Grande do Sul. Porto Alegre, RS, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-5785-6964

Palavras-chave:

Fibromialgia, Disfunção temporomandibular, Dor nociplástica, Tratamento da fibromialgia

Resumo

A fibromialgia (FM) é uma síndrome complexa com alterações nociplásticas, caracterizadas por hiperalgesia e alodinia, frequentemente acompanhada pela presença de dor orofacial. Estudos têm demonstrado alta prevalência de disfunção temporomandibular (DTM) em pacientes fibromiálgicos, como fator etiológico ou agravante. O objetivo desta revisão foi avaliar a ocorrência concomitante da DTM e da síndrome fibromiálgica e o seu tratamento. Tratamentos não-farmacológicos, como psicoterapia e exercícios físicos, melhoram a dor, a qualidade de vida e a saúde mental dos pacientes. Duloxetina e Pregabalina são aprovadas pela ANVISA para o tratamento da FM, aos quais o FDA inclui o milnaciprano. Os principais fármacos utilizados para os sintomas de FM são pregabalina, amitriptilina, antidepressivos duais, tramadol, baixas doses de naltrexona e canabinoides. A associação de fármacos pode ser útil para aumentar a eficácia do tratamento e reduzir as doses dos mesmos. Por outro lado, novas terapias não farmacológicas, como as técnicas modulatórias não-invasivas, surgem como opções promissoras, promovendo alterações neuroplásticas importantes no tratamento. Conclusão: Há diversas opções terapêuticas farmacológicas e não-farmacológicas disponíveis no tratamento do paciente fibromiálgico para o especialista em DTM e Dor Orofacial. Portanto, a combinação de diferentes abordagens pode auxiliar na obtenção de um protocolo individualizado, adequado às necessidades do paciente.

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Biografia do Autor

Iraci, Laboratório de Farmacologia da Dor e Neuromodulação: Investigações Pré-Clínicas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre - RS, Brasil. Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre - RS, Brasil.

Doutora e Mestre em Ciências Biológicas: Bioquímica pela UFRGS. Farmacêutica-Bioquímica pela Universidade Católica de Pelotas. Professora Convidada da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2020). Professora Aposentada do Departamento de Farmacologia do Instituto de Ciências Básicas da Saúde (ICBS) da UFRGS (2019). Atualmente atua como professora convidada na Faculdade de Medicina da UFRGS. Pesquisadora 1C do CNPq. Coordenadora do Núcleo de Pesquisa Farmacologia da Dor e Neuromodulação ? CNPq/UFRGS. Pesquisadora do Grupo de Pesquisa e Pós-Graduação do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (GPPG-HCPA). Pesquisadora do Grupo de Pesquisa e Pós-Graduação do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (GPPG-HCPA). Professora Permanente dos PPGs em Ciências Biológicas: Farmacologia e Terapêutica, ICBS UFRGS, e do PPG em Medicina: Ciências Médicas (PPGCM) da Faculdade de Medicina da UFRGS. Foi Chefe do Departamento de Farmacologia entre 2013 e 2015. Co-fundadora do PPG em Ciências Biológicas: Farmacologia e Terapêutica (PPGFT) (2014) e atuou como coordenadora substituta deste PPG de 2015 a 2017 e omo Coordenadora de 2018 a final de 2019. É membro efetivo da Society of Neuroscience (EUA), da International Association of the Study of Pain (IASP) e da Sociedade Brasileira de Farmacologia. Coordenou a área de estudos pré-clínicos do Laboratório de Engenharia Biomédica dedicado a estudos de Neuromodulação: da cultura celular à aplicação clínica contemplado no Edital MCT/FINEP - COENG, do qual já resultou em 4 pedidos de registros de patentes no Brasil BR2020150164500 (Equipamento e método para estimulação elétrica transcraniana), BR20201502878 (Equipamento e método para Estimulação Elétrica Transcraniana em Animais). Atualmente coordena a área de estudos pré-clínico do Projeto 0261/18, MCTIC/FINEP/CT-INFRA 04/2018 - Qualificação da infraestrutura do laboratório de engenharia biomédica dedicada a estudos translacionais de neuromodulação. Participou como representante da UFRGS no Núcleo de Neurociências da Universidade Federal de Minas Gerais- PROCAD/CAPES-2013. Participou como integrante do Projeto de Cooperação Internacional com a University of Nottingham para a descoberta e desenvolvimento de fármacos, coordenado pelo Prof Dr Rafael Roesler. Revisora de revistas científicas nacionais e internacionais. Atua como Consultora Ad Hoc do Departamento de Ciência e Tecnologia-DECIT-da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos-SCTIE, do Ministério da Saúde, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS), Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Estado do Paraná, CNPq, CAPES e Austrian Science Fund (Áustria). Possui projetos em Cooperação com o Laboratory of Neuromodulation, Harvard Medical School and Center for Non-invasive Brain Stimulation. Sua produção está centrada na área de Farmacologia e Terapêutica da Dor Crônica, com foco em neuromodulação, buscando alternativas terapêuticas farmacológicas e não farmacológicas para quadros de dor. Publicou mais de 200 artigos em periódicos científicos internacionais e indexados, com mais de 3550 citações no ISI Web of Science e índice H 31. Editora do Livro Farmacologia Clínica, Elsevier, 2017 (RJ), tem 7 capítulos de livros nacionais, 1 capitulo de livro internacional e 4 pedidos de patentes. Já orientou 15 teses de doutorado, 24 dissertações de mestrado e supervisionou 10 pesquisadores de pós-doutorado.

Dirson, Laboratório de Farmacologia da Dor e Neuromodulação: Investigações Pré-Clínicas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre - RS, Brasil. Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre - RS, Brasil.

Doutor em Psiquiatria e Ciências do Comportamento (2018) e mestre em Ciências Biológicas / Neurociências (2012) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Possui graduação em Ciências Biológicas - Bacharelado (2005) pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS. Tem experiência na área de Neurociências, com ênfase em estudos farmacológicos e comportamentais pré-clínicos de agressividade, estresse social, abuso de substâncias e dor, e sua relação com inflamação, comportamento ansioso, depressivo e aditivo. Foi bolsista do CNPq no programa Ciência sem Fronteiras do Governo Federal na modalidade Doutorado Sanduíche, quando desenvolveu atividades de pesquisa durante 13 meses, entre 2015 e 2016, no laboratório de Psicofarmacologia - Departamento de Psicologia na TUFTS University - MA - USA. É pós-doutorando e atua como pesquisador junto ao Laboratório de Farmacologia da Dor e Neuromodulação: Investigações Pré-Clínicas, no Hospital de Clínicas de Porto Alegre/RS. É bolsista PNPD / CAPES pelo Programa de Pós-Graduação em Medicina: Ciências Médicas da UFRGS. É membro da equipe do Brazilian Reproducibility Initiative Systematic review and meta-Analysis collaboration (BRISA).

Fabrício, Associação Brasileira de Odontologia – Seção Rio Grande do Sul. Porto Alegre, RS, Brasil.

Possui graduação em Odontologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1999), Especialização Em DTM e Dor Orofacial pela ABO/RS ( 2005), Especialização de Ortodontia pela FUNORTE (2012) e Mestrado em Farmacologia e Terapêutica (2018). Foi professor Substituto da Disciplina de Oclusão da Faculdade de Odontologia da UFRGS. Atualmente é presidente da Associação Gaúcha de Estudo e Pesquisa em Dor Orofacial, Professor do curso de Atualização e Especialização Em DTM e Dor Orofacial da Associação Brasileira de Odontologia, Coordenador do Curso de Especialização em DTM e Dor Orofacial da ABO, Professor convidado do curso de Especialização em Dentística restauradora da Faculdade de Odontologia da UFRGS, autônomo - Clínica Odontológica Dinato e Consultório Particular

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Publicado

29-05-2023

Como Citar

1.
Dal Bosco T, L. S. Torres I, Stein DJ, Finamor de Oliveira F. Fibromialgia e disfunção temporomandibular: uma revisão de escopo. Clin Biomed Res [Internet]. 29º de maio de 2023 [citado 24º de junho de 2025];43(1). Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/hcpa/article/view/128039

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