Uma agenda feminista para um ensino de arte encarnado
DOI:
https://doi.org/10.22456/2357-9854.126657Palavras-chave:
Ensino de Arte, Formação de professores., Ensino das Artes Visuais., Feminismos., Decolonialidade.Resumo
Este artigo apresenta o processo de ensino/aprendizagem/investigação que ocorre no componente curricular Ensino de Arte na formação de professores. De abordagem metodológica narrativa, elabora uma agenda feminista com o intuito de potencializar modos outros de pensar esse processo. A agenda feminista se compromete com a ação efetiva de apresentar a produção de artistas mulheres contemporâneas em um relato desapegado do modelo andro/euro/cêntrico colonial. Um compromisso para além da paridade de gênero, que busca desconstruir um violento imaginário colonial, patriarcal, racista e criar estratégias de responsabilidade pelas narrativas que fazemos circular. Os resultados revelam um processo afetivamente aliançado, que saboreia fazeres epistemológicos outros.
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