Corpo que paira, corpo que flui: corporeidades múltiplas na arte-vivência
DOI:
https://doi.org/10.22456/2357-9854.70906Palavras-chave:
Corpo. Corporeidade. Arte-vivência.Resumo
O objetivo deste artigo é apresentar reflexões críticas a propósito das relações entre o Corpo e os seus agenciamentos com o mundo (compreendido como corporeidade), mantendo com as experimentações artísticas um viés estratégico de territorialidade crítica enquanto “linha de fuga” – conforme Deleuze. Teoricamente, teceu-se um percurso que se iniciou com as perspectivas do corpo na clássica filosofia ocidental, entremeado por estudos de base sociológica (na discussão do processo civilizador e do corpo como coletividade) e de base histórica (do corpo contextualizado em sua relação com o mundo e com as artes). Assim, a arte-vivência com o corpo, aqui demonstrada, procurou constituir-se em corporeidades cuja travessia foi reconstruindo conceitos, percepções e ações sobre o corpo cena-em-si: objeto e ato de experiências artístico-pedagógicas.Downloads
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