Habitar o dissenso, germinar alegria
DOI:
https://doi.org/10.22456/2357-9854.116799Palavras-chave:
Processo de criação. Fabulação. Dissenso. Cooperação. Imaginação Política.Resumo
Este artigo apresenta o trabalho artístico “Convenção Mundial dos Países Imaginários”, realizado durante uma residência artística na cidade de Nova Lima, Minas Gerais, na Escola Benvinda, que acolheu parte dos estudantes deslocados devido ao crime ambiental ocorrido na cidade de Brumadinho a partir do rompimento da barragem de minério da mineradora Vale do Rio Doce. Trabalhei nessa escola com a turma do terceiro ano do ensino fundamental, na classe da professora Marcia Costa, por aproximadamente um mês. O projeto se deu a partir de uma série de encontros nos quais se buscou a fabulação de uma convenção mundial de países imaginários — mote para se debater conflitos já existentes e para estimular a imaginação de outros possíveis futuros. Partindo dessas premissas, os estudantes participantes tornaram-se responsáveis por elaborar e representar seu respectivo país imaginário bem como sua cultura, escrita, idioma, bandeira, indumentárias, códigos, vozes, valores, desejos, entre outros, colocando-se como protagonistas em um processo de concepção de políticas alternativas para a construção de um novo mundo. Assim, com o intuito de reforçar o papel social da aula como um encontro acontecimental e a valorização da criança enquanto sujeito propositor e criador, o trabalho utilizou a fabulação como um mecanismo para testar procedimentos de negociação e para estimular modos de convívio e de contato a partir do dissenso.Downloads
Referências
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