ALIMENTOS NA MODERNIDADE E DISCURSOS DO POSSÍVEL
UMA PERSPECTIVA DESCOLONIAL SOBRE OS ALIMENTOS E A PRESERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE NATIVA
Palavras-chave:
Alimentação, Movimentos agroecossustentáveis, Colonialidade, Cozinhas bioculturaisResumo
Este artigo analisa os modos de pensar e fazer associados à produção e ao consumo de alimentos oferecidos pelo paradigma colonial/moderno. Ela menciona as propostas dos movimentos de alimentos anti-espécies e agro-ecológicos sustentáveis que propõem formas de alimentação diferentes da dieta industrial globalizada. De seus posicionamentos políticos emergem novas categorias para descrever os alimentos que são utilizados pelo mercado mundial de alimentos, expressando-se no esquema de oposição em pares. O conceito de cultura e a equivalência que a modernidade faz entre este conceito e o desenvolvimento de capacidades técnico-racionais para alterar a natureza são analisados. A perspectiva descolonial nos permite refletir sobre por que comemos o que comemos e outras formas existentes de fazê-lo, valorizar as práticas locais de utilização da biodiversidade nativa para alimentos e pensar sobre elas a fim de desenvolver formas de administrar o comestível de um ponto de vista sustentável.
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