A autoconstrução narrativa de uma artista: uma conversa com Astrid Salles

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22456/2179-8001.80805

Palavras-chave:

Entrevista. Astrid Salles. Formação. Pintura. Grafismos indígenas.

Resumo

Em entrevista a Ricardo Santhiago, a artista visual Astrid Salles recupera aspectos de sua formação no campo da criação artística, desde a juventude, na década de 1959, no interior de São Paulo, para revisar, na sequência, tópicos marcantes de sua trajetória de vida. Formada inicialmente em Música, reconhecida como a primeira mulher a tocar trompa no Brasil, Astrid passou pela ilustração e pela representação de paisagem, identificando-se, no presente, como pintora. Na conversação, a artista recupera, entre outros pontos, o encontro com o sertanista Orlando Villas-Bôas, decisivo para que ela viesse a se dedicar, em sua produção plástica, à reinterpretação de grafismos indígenas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ricardo Santhiago

Historiador e comunicólogo. Doutor em História Social pela Universidade de São Paulo (2009), com pós-doutorado pela Universidade Federal Fluminense (2015), atualmente professor da Universidade Federal de São Paulo, na área de Educação, Cultura e Cidade do Instituto das Cidades. Dentro de suas áreas de especialidade, a história oral e a história pública, dedica- -se ao estudo da subjetividade artística e narrativa. Entre seus livros autorais e organizados, estão Solistas dissonantes: História (oral) de cantoras negras (2009), História oral na sala de aula (2015) e História oral e as artes: Narração e criatividade (2016).

Astrid Salles, APAP, São Paulo

Artista plástica, nascida em Piracicaba, no interior de São Paulo. Formada em música, foi a primeira mulher brasileira a tocar trompa, tendo sido homenageada pelo compositor alemão Ernest Mahle na peça O Concertino. Tornando-se artista plástica, graduou-se em 1975 pela FAAP. A partir do incentivo de Orlando Villas-Bôas, iniciou nos anos 1980 uma aproximação com a geometrização e os grafismos indígenas, que caracteriza sua obra desde então. É viúva do pintor e gravador Braz Dias, com quem dividiu a exposição “Braz Dias e Astrid Salles: o flautista azul e os estandartes”, com curadoria de Jacob Klintowitz, em 2013. Reside e trabalha na cidade de São Paulo, onde também atua como secretária da Associação Paulista de Artistas Plásticos (APAP).

Arquivos adicionais

Publicado

2018-01-10

Como Citar

Santhiago, R., & Salles, A. (2018). A autoconstrução narrativa de uma artista: uma conversa com Astrid Salles. PORTO ARTE: Revista De Artes Visuais (Qualis A2), 23(38). https://doi.org/10.22456/2179-8001.80805