Dimensões críticas da paisagem: Maria Graham e Claudia Hamerski
DOI:
https://doi.org/10.22456/2179-8001.144842Palabras clave:
Maria Graham, Claudia Hamerski, Paisagem, Natureza, AnacronismoResumen
O foco deste artigo volta-se às paisagens da artista viajante oitocentista Maria Graham e daartista contemporânea Claudia Hamerski, observando suas dimensões críticas no que tange àrelação do homem com a natureza. A partir da noção de anacronismo histórico formulada por Didi-Huberman, o texto propõe um diálogo entre personagens que, em diferentes tempos e diferentes geografias, teriam manifestado preocupações semelhantes. A discussão afasta-se do viés historiográfico mais tradicional que liga a apreensão da paisagem e da flora ao registro de espaços e à catalogação botânica com intuitos meramente científico-mercantilistas. À vista disso, a partir das imagens e em seu cotejo com depoimento das artistas, a abordagem sugere que suas representações da natureza sejam tomadas como monumentos, o que, por sua vez,remeteria à ideia de inversão da lógica antropocêntrica.
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