A natureza como criação: quando a cidade navegou

Autores

  • Paulo Edison Belo Reyes UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Lucas Boeira Bittencourt UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.22456/2179-8001.141917

Palavras-chave:

Emergência Climática, Ruína, Sublime, Fotografia, Imagem

Resumo

Este artigo faz uma reflexão a partir de um conjunto de fotografias como testemunho histórico em respeito à emergência climática. Toma três eixos conceituais: a imagem como testemunho em Didi-Huberman articulado ao sentido de sublime em Kant; o habitar a Terra em Latour e o de intrusão de Gaia em Stengers; a noção de ruína em Simmel. Essa tragédia climática explicita a relação desigual do território, a negligência do governo local e o negacionismo climático, reflexo direto das políticas neoliberais. 

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Referências

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Arquivos adicionais

Publicado

2024-12-26

Como Citar

Belo Reyes, P. E., & Boeira Bittencourt, L. (2024). A natureza como criação: quando a cidade navegou. PORTO ARTE: Revista De Artes Visuais, 28(50). https://doi.org/10.22456/2179-8001.141917

Edição

Seção

Dossiê: Arte e emergência climática

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