Ontologias para organização da informação em processos de transformação digital
DOI:
https://doi.org/10.19132/1808-5245251.295-320Palavras-chave:
Transformação digital. Ontologias. Digitalização. Organizações.Resumo
Atualmente, a aplicação das tecnologias digitais, pela sociedade contemporânea e nas organizações, tornou-se tão frequente e ampliada que é comum caracterizá-la como o processo de mudança conhecido como transformação digital. O objetivo deste artigo é discutir os conceitos e processos da transformação digital a serem utilizados como estratégias nas organizações, dando um enfoque principal ao uso e aplicação de ontologias, nesse contexto, e aos desafios atuais de aplicação. Nesta pesquisa, as ontologias são tratadas como instrumentos para representação e organização do conhecimento em diferentes domínios, no âmbito da Ciência da Informação. A metodologia de pesquisa utilizada foi exploratória com abordagem qualitativa, na qual se realizou o estudo da literatura científica, a seleção do estado da arte e a análise de caráter subjetivo. Os resultados indicaram que ontologias possibilitam representar as informações no processo de transição entre o projeto e o desenvolvimento do produto, atuando como a solução de problemas de interoperabilidade semântica. Ontologias são úteis, também, no processo de construção da nuvem de serviços de uma empresa, ao representarem conceitos básicos, terminologia e semântica de uma arquitetura orientada a serviços. Ao final, concluiu-se que ontologias são úteis nos processos de transformação digital e de desenvolvimento de produtos das empresas, pois tornam mais explícito o conhecimento adquirido de um certo domínio, possibilitam uma compreensão mais clara dos conceitos arquitetônicos integrados e fornecem mecanismos adicionais de inferência do conhecimento.
Downloads
Referências
ALVARENGA, L. Representação do conhecimento na perspectiva da Ciência da Informação em tempo e espaços digitais. Encontros Bibliográficos: Revista Eletrônica de Biblioteconomia e Ciência da Informação, Florianópolis, v. 8 n. 15, p. 18-40, 2003.
BARRETO, A. M. Informação e conhecimento na era digital. Transinformação, Campinas, v. 17, n. 2, p. 111-122, maio/ago. 2005.
BERNERS-LEE, T.; HENDLER, J.; LASSILA, O. The semantic web. Scientific American, New York, v. 5, p. 1-4, 2001.
BHARADWAJ, A. et al. Digital business strategy: toward a next generation of insights. MIS Quarterly, Minneapolis, MN, USA, v. 37, n. 2, p. 471-482, 2013.
BLACKBURN, S. The Oxford dictionary of philosophy. Oxford: Oxford University Press, 1996.
BORST, W. N. Construction of engineering ontologies for knowledge sharing and reuse. 1997. Tese (Doutorado em Sistemas de Informação e Conhecimento) - University of Twente, Twente, NL, 1997.
BRASIL. Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. Governo Digital. Interoperabilidade. Brasília: MP, 2017. Disponível em: <https://www.governodigital.gov.br/eixos-de-atuacao/governo/interoperabilidade>. Acesso em: 22 abr. 2018.
BREITMAN, K. K. Web semântica: a internet do futuro. Rio de Janeiro: LTC, 2005.
CASTILLA, A. C. Instrumento de investigação clínico-epidemiológica em cardiologia fundamentado no processamento de linguagem natural. 2007. Tese (Doutorado em Cardiologia) - Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.
D´ANDRÉA, C. F. Estratégia de produção e organização de informações na web: conceitos para a análise de documentos na internet. Ciência da Informação, Brasília, v. 35, n. 3, p. 39-44, 2006.
DATTA, S. Emergence of digital twins: is this the march of reason? Cambridge: Massachusetts Institute of Technology, 2016. Disponível em: <https://dspace.mit.edu/handle/1721.1/104429>. Acesso em: 22 out. 2017.
FICHMAN, R.; SANTOS, B.; ZHENG, Z. Digital innovation as a fundamental and powerful concept in the information systems curriculum. MIS Quarterly, Minneapolis, v. 38, n. 2, p. 329-353, 2014.
FITZGERALD, M. et al. Embracing digital technology: a new strategic imperative. Cambridge: MIT Sloan Management Review, 2013.
FONSECA, F.; MARTIN, J. Learning the Differences Between Ontologies and Conceptual Schemas Through Ontology-Driven Information Systems. Journal of the Association for Information Systems, v. 8, Issue 2, Article 4, 2007.
FRANK, M.; ROEHRIG, P.; PRING, B. Code halos: how the digital lives of people, things, and organizations are changing the rules of business. Hoboken, New Jersey: Wiley, 2014.
GARTNER. Gartner says 4.9 billion connected “things” will be in use in 2015. Barcelona: Gartner, 2014.
GÓMEZ, M. N. G. Novas fronteiras tecnológicas das ações de informação: questões e abordagens. Ciência da Informação, Brasília, v. 33, n. 1, p. 55-67, jan./abr. 2004.
GRÜBER, T. R. Towards principles for the design of ontologies used for knowledge sharing. Palo Alto: Stanford Knowledge Systems Laboratory, 1993.
JAVAID, A. et al. Enabling digital transformation in SMEs by combining enterprise ontologies and service blueprinting. In: INTERNATIONAL CONFERENCE ON SERVICEOLOGY, 5., 2017, Vienna, Austria. Proceedings… Berlin, Heidelberg: Springer, 2017. p. 224-233.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Metodologia científica. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
LUCAS, H. C. et al. Impactful research on transformational information technology: an opportunity to inform new audiences. MIS Quarterly, Minneapolis, v. 37, n. 2, p. 371-382, 2013.
MARKETSANDMARKETS. Digital Transformation Market by Solution & Service – 2020. Hadapsar: MarketsandMarkets, 2015.
McDONALDS, M.; RUSSEL-JONES, A. The digital edge: exploiting information and technology for business advantage. Stamford: Gartner, 2012. E-book.
MICHEL, M. H. Metodologia e pesquisa científica em ciências sociais. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
MIKA, P. Social networks and the semantic web. New York: Springer, 2007.
OPEN BIOLOGICAL AND BIOMEDICAL ONTOLOGY. The OBO Foundry. 2017.
OPEN GROUP. SOA reference architecture. San Francisco: The Open Group, 2018.
PATEL, K.; McCARTHY, M. Digital transformation: the essentials of e-business leadership. New York: McGraw-Hill Professional, 2000.
PEREIRA, C.; SOARES, A. Ontology development in collaborative networks as a process of social construction of meaning. In: OTM CONFEDERATED INTERNATIONAL CONFERENCES "ON THE MOVE TO MEANINGFUL INTERNET SYSTEMS”: OTM 2008 WORKSHOPS, 2008, Proceedings… Berlin, Heidelberg: Springer-Verlag, 2008. p. 605-614.
RAMALHO, R. R. A. S.; VIDOTTI, S. A. B. G. R.; FUJITA, M. N. S. L.
Web semântica: uma investigação sob o olhar da ciência da informação. DataGramaZero, João Pessoa, v. 8, n. 6, p. A04-0, 2007.
ROZENFELD, H. et al. Gestão de desenvolvimento de produtos: uma referência para a melhoria do processo. São Paulo: Saraiva, 2006.
SANTOS, P.; MASSÓ, J. M. Rumo a uma nova realidade transformada. UNO Desenvolvendo Ideias, São Paulo, n. 24. p. 29-30, 2016.
SCHULZ, S. et al. Strengths and limitations of formal ontologies in the biomedical domain. RECIIS – Electronic Journal Communication Information & Innovation in Health, Rio de Janeiro, v. 3, n. 1, p. 31-45, mar. 2009.
SMITH, B. Ontology and information systems. Buffalo: State University of New York at Buffalo, 2004.
SMITH, B. et al. The OBO foundry: coordinated evolution of ontologies to support biomedical data integration. Nature Biotechnology, Bethesda MD, USA, v. 25, n. 11, p. 1251-1255, 2007.
SMITH, B.; WELTY, C. Ontology: towards a new synthesis. In: INTERNATIONAL CONFERENCE ON FORMAL ONTOLOGY IN INFORMATION SYSTEMS, 2001, New York. Proceedings… New York: ACM Press, 2001. p. 3-9.
SOERGEL, D. Functions of a thesaurus / classification / ontological knowledge base. Maryland: College of Library and Information Services, University of Maryland, 1997.
SOMMERVILLE, I. Engenharia de software. 9. ed. São Paulo: Pearson, 2011.
SZEJKA. A. et al. Proposal of a model-driven ontology for product development process interoperability and information sharing. In: INTERNATIONAL CONFERENCE ON PRODUCT LIFECYCLE MANAGEMENT, 13., 2016, Columbia. Proceedings… Columbia: Springer, 2016. p. 158-168.
TOLBOOM, I. The impact of digital transformation. 2016. 101 f. Master Thesis Report (Master in System Engineering, Policy analysis and Management) - Faculty of Technology, Policy and Management, Delf University of Technology, Delft, 2016.
USCHOLD, M.; GRUNINGER, M. Ontologies: principles, methods and applications. Knowledge Engineering Review, Cambridge, v. 11, n. 2, p. 93-136, 1996.
VICKERY, B. C. Ontologies. Journal of Information Science, Thousand Oaks, CA, USA, v. 23, n. 4, p. 277-286, 1997.
VILLALOBOS, A. P. de O.; SILVA, D. S. As potencialidades da web semântica para a ciência da informação. Ponto de Acesso, Salvador, v. 4, n. 2, p. 58-75, set. 2010.
W3C. Semantic web. 2017. Disponível em: <https://www.w3.org/standards/semanticweb/>. Acesso em: 26 set. 2017.
WALESKA, M. Tendências da nova economia: paradigmas da era digital. UNO Desenvolvendo Ideias, São Paulo, n. 24, p. 31-33, 2016.
WESTERMAN, G.; CALMEJANE, C.; BONNET, D. Digital transformation: a roadmap for billion-dollar organizations. [S.l.]: MIT Center for Digital Business, Capgemini Consulting, 2011. p. 1-68.
WORLD ECONOMIC FORUM. World Economic Forum Annual Meeting. 2016.
ZARZALEJOS, J. A. Cidadania digital. UNO Desenvolvendo Ideias, São Paulo, n. 24, p. 11-13, 2016.
ZIMMERMANN, A. et al. Digital enterprise architecture: transformation for the internet of things. In: INTERNATIONAL ENTERPRISE DISTRIBUTED OBJECT COMPUTING WORKSHOP , 19., 2015, Adelaide, SA, Austrália. Proceedings... Adelaide: IEEE, 2015.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2018 Fabrício Martins Mendonça, Fernando Hadad Zaidan

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (CC BY 4.0), que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista, como publicar em repositório institucional, com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Os artigos são de acesso aberto e uso gratuito. De acordo com a licença, deve-se dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Não é permitido aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.