Financiamento público no Brasil para a publicação de artigos em acesso aberto: alguns apontamentos
DOI:
https://doi.org/10.19132/1808-5245232.120-145Palavras-chave:
Acesso aberto. Agência de fomento. Revista científica.Resumo
O número de revistas de acesso aberto aumentou ao longo dos últimos anos e o pagamento de taxa de processamento de artigo (Article Processing Charge) tem sido o modelo de sustento adotado por algumas editoras. O objetivo do estudo é averiguar a existência de uma política brasileira de financiamento público para a publicação de artigos em acesso aberto, investigando 29 agências de fomento, por meio de questionário e da análise dos sites institucionais. Verifica-se que a minoria das agências possui uma política para financiar os custos das taxas para publicação. A reavaliação do sistema de fomento brasileiro e a criação de uma política estratégica se fazem necessárias.Downloads
Referências
ABADAL, E. Challenges for open access journals: quantity, quality and economic sustainability. Hipertext.net, Barcelona, v. 10, 2012. Disponível em: <https://www.upf.edu/hipertextnet/en/numero-10/challenges-for-open-access-journals-quantity-quality-and-economic-sustainability.html>. Acesso em: 8 nov. 2016.
BARTON, H. A. The publication charge plan in physics journals. Physics Today, New York, v. 16, n. 6, p. 45-57, June 1963.
BJÖRK, B-C.; SOLOMON, D. Pricing principles used by scholarly open access publishers. Learned Publishing, Hatfield, v. 25, n. 3, p. 132-137, 2012. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1087/20120207>. Acesso em: 21 out. 2015.
BORGES, M. N. As fundações estaduais de amparo à pesquisa e o desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação brasileira. Revista USP, São Paulo, n. 89, p. 174-189, mar./maio 2011. Disponível em: <http://rusp.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-99892011000200012&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 8 nov. 2016.
BORREGO, A. Measuring compliance with a Spanish government open access mandate. Journal of the American Society for Information Science and Technology, New York, v. 67, n. 4, p. 757-764, 2015. Disponível em:<http://onlinelibrary-wiley-com.ez45.periodicos.capes.gov.br/doi/10.1002/asi.23422/epdf>. Acesso em: 15 ago. 2016.
BOURDIEU, P. O campo científico. In: ORTIZ, Renato (Org.). Pierre Bourdieu: sociologia. São Paulo: Ática, 1983. p. 122-155.
BUDAPEST OPEN ACCESS INITIATIVE=INICIATIVA DE BUDAPESTE PELO ACESSO ABERTO. 2002. Disponível em: <http://www.budapestopenaccessinitiative.org/translations/portuguese-translation>. Acesso em: 27 out. 2015.
BUDAPEST OPEN ACCESS INITIATIVE. Ten years on from the Budapest Open Access Initiative: setting the default to open. 2012. Disponível em: <http://www.budapestopenaccessinitiative.org/boai-10-recommendations>. Acesso em: 12 out. 2015.
CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO. Painel de investimentos. Brasília, 2015. Disponível em: <http://www.cnpq.br/painel-de-investimentos>. Acesso em: 16 ago. 2015.
COSTA, S. M. S. Filosofia aberta, modelos de negócios e agências de fomento: elementos essenciais a uma discussão sobre o acesso aberto à informação científica. Ciência da Informação, Brasília, DF, v. 35, n. 2, p. 39-50, 2006. Disponível em: <http://revista.ibict.br/ciinf/article/viewFile/1139/1295>. Acesso em: 8 nov. 2016.
DIRECTORY OF OPEN ACCESS JOURNALS. 2016. Disponível em: <https://doaj.org/search>. Acesso em: 31 jul. 2016.
FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DE MINAS GERAIS. FAPEMIG relatório de atividades 2014. [Belo Horizonte], [2015?]. Disponível em: <http://www.fapemig.br/wp-content/uploads/2015/05/Relatorio2014_V5.pdf>. Acesso em: 15 ago. 2015.
FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Relatório de atividades 2014. [São Paulo], [2015?]. Disponível em: <http://www.fapesp.br/publicacoes/relat2014.pdf>. Acesso em: 9 ago. 2015.
FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DO AMAZONAS. Relatório de atividades 2014. [Manaus], [2015?]. Disponível em: <http://www.fapeam.am.gov.br/wp-content/uploads/2015/04/Relatorio-de-Atividades-2014.pdf>. Acesso em: 9 ago. 2015.
GUÉDON, J-C. The “green” and “gold” roads to open access: the case for mixing and matching. Serials Review, New York, v. 30, n. 4, p. 315-327, 2004.
HARNAD, S. Open access: what, where, when, how and why. In: HOLBROOK, J. B.; MITCHAM, C. (Ed.). Ethics, Science, Technology, and Engineering: an international resource. 2nd. ed. Farmington Hills: MacMillan, 2015. Disponível em: <http://eprints.soton.ac.uk/361704/1/ESTEarticle-OA-Harnad.pdf >. Acesso em: 29 dez. 2016.
JUMP, P. Wellcome trust gets tough on open access. Times Higher Education. London, 29 Mar. 2012. Disponível em: <https://www.timeshighereducation.com/news/wellcome-trust-gets-tough-on-open-access/419475.article>. Acesso em: 30 out. 2015.
KAUFMAN-WILLS GROPUP. The facts about open access: a study of the financial and non-financial effects of alternative business models on scholarly journals. Worthing: ALPSP, 2005. Disponível em: <http://82.45.151.109/Ebusiness/Libraries/Publication_Downloads/FAOAcompleteREV.sflb.ashx?download=true>. Acesso em: 21 set. 2015.
KING, D. W.; ALVARADO-ALBERTORIO, F. M. Pricing and other means of charging for scholarly journals: a literature review and commentary. Learned Publishing, Hatfield, v. 21, n. 4, p. 248-272, Oct. 2008. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1087/095315108X356680>. Acesso em: 23 set. 2015.
KOZAK, M.; HARTLEY, J. Publication fees in open access journals: different disciplines – different methods. Journal of the American Society for Information Science and Technology, New York, v. 64, n. 12, p. 2591-2594, 2013. Disponível em: <http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/asi.22972/abstract>. Acesso em: 23 set. 2015.
KURAMOTO, H. Acesso livre: uma solução adotada em todo globo; porém, no Brasil, parece existir uma indefinição. RECIIS: Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde, Rio de Janeiro, v. 8, n. 2, p. 166-179, jun. 2014. Disponível em: <http://www.reciis.icict.fiocruz.br/index.php/reciis/article/view/630/1270>. Acesso em: 7 out. 2015.
LAAKSO, M. et al. The development of open access journal publishing from 1993 to 2009. PLOS One, San Francisco, v. 6, n. 6, e20961, June 2011. Disponível em: <http://www.plosone.org/article/fetchObject.action?uri=info:doi/10.1371/journal.pone.0020961&representation=PDF>. Acesso em: 15 set. 2015.
LAAKSO, M.; BJÖRK, B-C. Anatomy of open access publishing: a study of longitudinal development and internal structure. BMC Medicine, London, v. 10, 124, 2012. Disponível em: <http://www.biomedcentral.com/1741-7015/10/124>. Acesso em: 21 out. 2015.
MUELLER, S. P. M. A comunicação científica e o movimento de acesso livre ao conhecimento. Ciência da Informação, Brasília, DF, vol. 35, n. 2, p. 27-38, 2006. Disponível em: <http://revista.ibict.br/ciinf/index.php/ciinf/article/view/826/1739>. Acesso em: 10 jan. 2016
MUELLER, S. P. M. Produção e financiamento de periódicos científicos de acesso aberto: um estudo na base SciELO. In: PLOBACIÓN, D. A. et al. (Org.). Revistas científicas: dos processos tradicionais às perspectivas alternativas de comunicação. Cotia: Ateliê Editorial, 2011. p. 201-230.
PACKER, A. I.; MENEGHINI, R. O SciELO aos 15 anos: raisond’Ietre, avanços e desafios para o futuro. In: PACKER, A. I. et al. (Org.). Scielo – 15 anos de acesso aberto: um estudo analítico sobre acesso aberto e comunicação científica. Paris: UNESCO, 2014. p. 15-28. Disponível em: <http://www.scielo.org/local/File/livro.pdf>. Acesso em: 15 jun. 2016.
PINFIELD, S. Is scholarly publishing going from crisis to crisis. Learned Publishing, Hatfield, v. 26, n. 2, p. 85-88, Apr. 2013. Disponível em: <http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1087/20130204/epdf>. Acesso em: 21 out. 2015.
POYNDER, R. Open access mandates: ensuring compliance. 18 May 2012. Disponível em: <http://poynder.blogspot.com.br/2012/05/open-access-mandates-ensuring.html>. Acesso em: 30 out. 2015.
PRÍNCIPE, E.; BARRADAS, M. M. Modelos de negócios de revistas científicas brasileiras: author pay? In: ENCONTRO NACIONAL DE EDITORES CIENTÍFICOS, 14., 2013, São Pedro. Anais… São Pedro: [s.n.], 2013. Disponível em: <http://ocs.abecbrasil.org.br/index.php/ENEC/ENECUSP/paper/viewFile/47/52>. Acesso em: 8 nov. 2016.
SCHIERMEIER, Q.; RODRÍGUEZ MEGA, E. Scientists in Germany, Peru and Taiwan to lose access to Elsevier journals. Nature, Dec. 2016. Disponível em: <http://www.nature.com/news/scientists-in-germany-peru-and-taiwan-to-lose-access-to-elsevier-journals-1.21223>. Acesso em: 30 dez. 2016.
SOLOMON, D. J; BJÖRK, B-C. Publication fees in open access publishing: sources of funding and factors influencing choice of journal. Journal of the American Society for Information Science and Technology, New York, v. 63, n. 1, p. 98-107, 2012. Disponível em: <http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/asi.21660/abstract>. Acesso em: 15 ago. 2016.
SUBER, P. Open access. Cambridge: MIT, 2012.
THE ROYAL SOCIETY. Knowledge, networks and nations: global scientific collaboration in the 21st century. London, 2011. Disponível em: <https://royalsociety.org/~/media/Royal_Society_Content/policy/publications/2011/4294976134.pdf>. Acesso em: 10 jan. 2016.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2017 Cleusa Pavan, Marcia Cristina Bernardes Barbosa

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (CC BY 4.0), que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista, como publicar em repositório institucional, com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Os artigos são de acesso aberto e uso gratuito. De acordo com a licença, deve-se dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Não é permitido aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.