Análise da produção científica do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR)
DOI:
https://doi.org/10.1590/1808-5245.30.129562Palavras-chave:
Programa Antártico Brasileiro, ciência antártica, produção científica, gestão da informação científica, comunicação científicaResumo
Analisa a produção científica do Programa Antártico Brasileiro a partir de indicadores de produção e ligação a ela relacionados. Desenvolve uma pesquisa exploratória e bibliométrica em sete etapas. Utiliza os dados obtidos por meio do Arquivo da Marinha do Brasil, dados públicos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, o Currículo Lattes, o ORCiD e a Global Research Identifier Database como fontes de dados para a identificação dos pesquisadores do programa, o que levou a um total de 3.660 nomes identificados. As bases de dados Lens, Scopus e Web of Science são utilizadas para coleta de dados da produção científica identificada por meio desta pesquisa. Apresenta a análise de 1.242 artigos. O ano de 2021, a área de Biologia e o periódico científico Polar Biology, da Alemanha, apresentam o maior número de publicações no corpus analisado. A Universidade de São Paulo também se destaca pelo número de publicações. A primeira palavra mais frequente é Antarctic e a principal relação de colaboração acontece entre Brasil e Estados Unidos. A análise revelou o desenvolvimento sólido e estratégico do programa, sua maturidade e a importante contribuição da ciência brasileira para a pesquisa Antártica. Os indicadores e a sua contextualização contribuem para refletir o percurso do programa no sentido da consolidação da gestão da informação científica para a promoção de políticas científicas. A síntese dos resultados apresentados evidencia que os investimentos em projetos de pesquisa têm sido aplicados em pesquisas e conhecimento científico que têm impactado a ciência Antártica.
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