Bens culturais, mercado e italianidade: memórias da imigração no Rio Grande do Sul
DOI:
https://doi.org/10.19132/1808-5245260.93-120Palabras clave:
Identidade étnica. Imigração italiana. Bens materiais e imateriais. Mercado de consumo.Resumen
A imigração italiana constituiu um fenômeno importante na história do Rio Grande do Sul, seja do ponto de vista étnico-cultural, seja político, econômico ou social. A mão-de-obra dos imigrantes contribuiu para a diversificação da economia gaúcha já nas primeiras décadas do século XX. Por outro lado, esse desenvolvimento econômico colaborou para o nascimento de uma elite étnica local que, na década de 1920, tomou para si o direito/dever de produzir a memória de uma imigração vitoriosa. Portanto, já nas décadas de 1920-1930, memória, narrativas sobre a imigração italiana e italianidade se entrecruzavam com a economia e a política, indicando uma etnia que contribuiu para o progresso econômico e social do estado. No tempo, os momentos de crescimento do brand “Itália” nos mercados interno e exterior se sobrepuseram a uma ênfase na positividade étnica italiana. O objetivo do presente artigo é buscar compreender quanto dos códigos de italianidade contemporâneos remontam àquele momento primordial da década de 1920 e como o mercado foi moldando este novo produto de consumo, os bens imateriais associados aos ítalo-gaúchos.
Descargas
Citas
ALENCASTRO, Luiz Felipe; RENAUX, Maria Luiza. Caras e modos dos migrantes e imigrantes. In: ALENCASTRO, Luiz Felipe (org.) História da Vida Privada no Brasil. Império: a corte e a modernidade nacional. Vol. 3. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.
BENEDUZI, Luis Fernando. Os fios da nostalgia. Perdas e ruínas na construção de um Vêneto imaginário. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2011.
BENEDUZI, Luis Fernando. Identidades em transformação: desde a Itália e até a Itália, percepções de um pertencimento. Anuario de Estudios Americanos, Madrid, vol. 76, p. 79-100, 2019.
BLENGINO, Vanni. Los viajeros italianos en la Argentina. Confluenze. Rivista di Studi Iberoamericani, Bolonha, [S.l.], v. 3, n. 1, p. 1-16, 2011.
CARTROGA, Fernando. Memória e História. In: PESAVENTO, Sandra Jatahy (ed.). Fronteiras do milênio. Porto Alegre: Editora da Universidade/UFRGS, 2001.
CINQUANTENARIO DELLA COLONIZZAZIONE ITALIANA NEL RIO GRANDE DEL SUD. La cooperazione degli italiani al progresso civile ed economico del Rio Grande del Sud. Porto Alegre: Barcellos, Bertaso e Cia/Livraria do Globo, 1925.
DE BIASE, Alessia. Ficções Arquitetônicas para a construção da identidade. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 7, n. 16, p. 173-188, 2001.
HALBWACHS, Maurice. Les cadres sociaux de la mémoire. Paris: Albin Michel, 1994.
LE GOFF, Jacques. Documento/Monumento. Enciclopedia Einaudi, Torino, vol. V, p. 38-43, 1978.
NAMER, Gérard. Les cadres sociaux de la mémoire. In RUANO-BORBALAN, Jean-Claude (org.). L’histoire aujourd’hui. Auxerre: Sciences Humaines Éditions, p. 349-352, 1999.
NORA, Pierre. Les lieux de mémoire. In RUANO-BORBALAN, Jean-Claude (org.). L’histoire aujourd’hui. Auxerre: Sciences Humaines Éditions, p. 343-348, 1999.
RIBEIRO, Cleodes Maria Piazza. Festa & Identidade: como se faz a Festa da Uva. Caxias do Sul: EDUCS, 2002.
RICOEUR, Paul. Tempo e Narrativa. Tomo III. Campinas: Papirus, 1997.
RICOEUR, Paul. Ricordare, dimenticare, perdonare. L’enigma del passato. Bologna: Il Mulino, 2004.
THIESSE, Anne-Mare. La création des identités nationales: Europe XVIIIe-XXe siécle. Paris: Seuil, 1999.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2020 Luis Fernando Beneduzi

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Autores que publican en esta revista están de acuerdo con los siguientes términos:
Los autores mantienen los derechos autorales y ceden a la Revista el derecho de la primera publicación, con el trabajo licenciado bajo la Licencia Creative Commons Attribution (CC BY 4.0), que admite compartir el trabajo con reconocimiento de la autoria.
Los autores tienen autorización para asumir contratos adicionales en forma separada, para la distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicada en esta Revista, como para publicar en repositorio institucional, con reconocimiento de autoria y publicación inicial en esta Revista.
Los artículos son de acceso abierto y gratuitos. Según la licencia, usted debe dar crédito de manera adecuada, brindar un enlace a la licencia, e indicar si se han realizado cambios. No puede aplicar términos legales ni medidas tecnológicas que restrinjan legalmente a otras a hacer cualquier uso permitido por la licencia.