Celular não é brincadeira: crianças e adolescentes discutem mídias e tecnologias digitais na vida cotidiana
DOI:
https://doi.org/10.22456/2595-4377.134155Palavras-chave:
Mídias, Tecnologias digitais, Apropriação, Crianças e adolescentes, BrincadeiraResumo
O presente artigo tem como objetivo analisar significados e sentidos de mídias e tecnologias digitais para crianças e adolescentes a partir de narrativas construídas por eles sobre seus cotidianos. Trata-se de pesquisa realizada em nível de doutorado, considerando uma abordagem qualitativa e pesquisa de campo. Os dados constam de narrativas gráficas no formato de histórias em quadrinhos e também de narrativas orais produzidas em momentos de entrevista episódica com 21 participantes, com idade entre 10 e 17 anos, todos estudantes de escolas públicas de Brasília, Distrito Federal. Desafios e conflitos emergem das narrativas apontando para uma relação de amor e ódio com as mídias e tecnologias digitais. Os dados também indicam deslocamentos e até substituição de hábitos, como o tempo e espaço do brincar tradicional no âmbito das práticas corporais, bem como uma diferenciação evidenciada pelas crianças e adolescentes sobre os significados de brincadeiras e atividades com mídias e tecnologias digitais.
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