Interdição de leitura e prescrição de textos para a infância e juventude montes-clarense (1920-1950) - Prohibition of reading and requirement of texts for children and youngsters from montes claros (1920-1950)
Palavras-chave:
Representações de leitura, prescrições de leitura, história da leitura, história da educaçãoResumo
Neste artigo tem-se por objetivo discutir representações de leitura que circularam em Montes Claros e visaram a prescrever leituras ou interditar textos destinados à infância e à juventude. As representações se inscrevem em dois movimentos: de um lado, a construção da relação entre professores e alunos, livros e leituras, dada a possibilidade de inculcação de valores, de desenvolvimento cultural e aprendizado. Por outro lado encontra-se a defesa da interdição de determinados textos, considerados inadequados aos leitores em formação.
Palavras-chave: representações de leitura, prescrição de livros, história da leitura, história da educação.
PROHIBITION OF READING AND REQUIREMENT OF TEXTS FOR CHILDREN AND YOUNGSTERS FROM MONTES CLAROS (1920-1950)
Abstract
This article aims to discuss representations of reading that circulated in Montes Claros and aimed to prescribe or prohibit texts aimed at children and youngsters from Montes Claros. The representations fall into two movements-on one hand, the construction of the relationship between teachers and students, books and readings, given the possibility of value inculcation, cultural development and learning. On the other hand, there is the defense of the prohibition of certain texts considered un suitable for readers who are being educated.
Key-words: representations of reading, prescription of books, history of reading, history of education.
LECTURA DE PROHIBICION Y PRESCRIPCIÓN DE TEXTOS PARA LA INFANCIA Y JUVENTUD MONTES-CLARENSE (1920-1950)
Resumen
El artículo tiene como objetivo analizar las representaciones de lectura que circulaban en Montes Claros y apuntó prescribir lecturas o textos entredicho destinados a niños y jóvenes montes-clarenses. Las representaciones se inscriben en dos movimientos – por un lado, la construcción de la relación entre profesores y estudiantes, libros y lecturas, dada la posibilidad de inculcación de valores, el desarrollo cultural y el aprendizaje; por el contrario, es la defensa de la prohibición de ciertos textos, considerada inadecuada para los lectores en formación.
Palabras-clave: representaciones de lectura, prescripción de textos, historia de la lectura, historia de la educación.
LECTURE INTERDICTION ET TEXTES PRESCRIPTION DESTINE À L'ENFANCE ET JEUNESSE MONTES-CLARENSE (1920-1950)
Résumé
L'article vise à discuter des représentations de lecture qui circulaient à Montes Claros et visant prescrire des lectures ou des textes d'intercepter des destinés aux enfants et aux jeunes montes-clarenses. Les représentations sont inscrits dans deux mouvements - d'une part, la construction de la relation entre les enseignants et les étudiants, des livres et des lectures, étant donné la possibilité d'inculcation des valeurs, le développement et l'apprentissage culturel; d'autre part, il est la défense de l'interdiction de certains textes, jugée inapproprié pour les lecteurs dans la formation.
Mots-clé: représentations de lecture, livres ordonnance, histoire de la lecture, histoire de l'éducation.
Downloads
Referências
ARAUJO, Marta Maria. A educação tradicional e a educação nova no Manifesto dos pioneiros. In: XAVIER, Maria do Carmo (org). Manifesto dos pioneiros da educação: um legado educacional em debate. Rio de Janeiro: FGV/Fumec, 2004, p. 131-146.
BRANDÃO, Cláudio. O ensino da leitura e do vocabulário. Revista do Ensino, Belo Horizonte: Inspectoria da Instrucção, ano II, n. 10, 1926, p. 3-7.
CHARTIER, Roger. À beira da falésia: história entre certezas e inquietudes. Porto Alegre: Ufrgs, 2002.
CHARTIER, Roger. História cultural: entre práticas e representações. Rio de Janeiro: Berthand, 1990.
CORREIO DO NORTE. Gabinete de Leitura. Montes Claros: Correio do Norte, no I, n. 10, 27 abr. 1884.
COSTA, Firmino. Curso de aperfeiçoamento para o professorado primário: methodologia de historia e de Instrucção Moral e Cívica. Revista do Ensino, Belo Horizonte: Inspectoria da Instrucção, ano V, n. 44, abr. 1930, p. 51-62.
COSTA, Firmino. O ensino da leitura. Revista do Ensino, Belo Horizonte: Inspectoria da Instrucção, ano IV, n. 29, jan. 1929, p. 63-65.
FOLHA DO NORTE. Escrever não é perverte. Montes Claros: Jornal Folha do Norte, ano I, n. 16, 4 maio 1930b, p. 2.
FOLHA DO NORTE. Montes Claros, ano I, n 12, 6 abr. 1930a.
GAZETA DO NORTE. A. das mães de família. Montes Claros: Jornal Gazeta do Norte, ano I, n. 16, 4 maio 1930.
GAZETA DO NORTE. Escola N. Official. Montes Claros: Jornal Gazeta do Norte, ano XVII, n. 972, 13 jul. 1935, p. 1.
GAZETA DO NORTE. Leituras perniciosas. Montes Claros: Jornal Gazeta do Norte, ano VII, n. 1058, 8 maio 1937, p. 1.
GAZETA DO NORTE. Registro social. Montes Claros: Jornal Gazeta do Norte, ano XXIII, n. 1264, 7 jun. 1941, p. 1.
HÉBRARD, Jean. (1996). O autodidatismo exemplar: como Jamerey-Duval aprendeu a ler? In: CHARTIER, Roger (org.). Práticas de leitura. São Paulo: Estação Liberdade, p. 35-74.
O TICO-TICO. Disponível em <http://hemerotecadigital.bn.br/artigos/o-tico-tico>. Acesso em 28 fev. 2015.
JESUALDO, Sosa. A literatura infantil. São Paulo: Cultrix, 1978.
NEVES, Lucia Maria Bastos P. Antídotos contra obras ímpias e sediciosas: censura e repressão no Brasil de 1808 a 1824. In: ABREU, Márcia (org). Leitura, história e história da leitura. Campinas: Mercado das Letras, 2000, p. 377-394.
NOVAIS, Osmar. Vida católica - literatura infantil. Montes Claros: Jornal Gazeta do Norte, ano XXVII, n. 1529, 21 set. 1944.
O OPERARIO. Ano V, n. 231, 20 out. 1935.
PAIVA, Aparecida. A leitura censurada. ABREU, Márcia (org.). Leitura, história e história da leitura. Campinas: Mercado das Letras, 2000, p. 411-426.
PAIVA, Aparecida. A voz do veto: a censura católica à leitura de romances. Belo Horizonte: Autêntica, 1997.
RAIMUNDO NETO, José. Perigos na educação da criança. Jornal Gazeta do Norte, ano XLI, n. 2669, 5 jul. 1959.
RAYMUNDO NETTO, José. Pela instrucção. Escola Normal Official. Montes Claros: Gazeta do Norte: semanário literário e independente, ano XVII, n. 925, 11 ago. 1934.
SCHWARTZMAN, Simon. Os desafios da educação no Brasil. 2005. Disponível em http://scholar.google.com.br/scholar?start=20&q=A+EDUCA%C3%87%C3%83O+NO+BRASIL+na+decada+de+1950&hl=pt-BR&as_sdt=0,5. Acesso em 2 out. 2013.
SILVEIRA, Catharina. Amor à leitura. Como suscitaes em vossos alumnos o amor à leitura? Revista do Ensino, Belo Horizonte: Inspectoria da Instrucção, ano V, n. 43, 1930, p. 35-37.
VIDAL, Diana Gonçalves. Livros por toda parte: o ensino ativo e a racionalização da leitura nos anos 1920 e 1930 no Brasil. In: ABREU, Márcia (org.). Leitura, história e história da leitura. Campinas: Mercado das Letras: Associação de Leitura do Brasil; São Paulo: Fapesp, 2000, p. 335-358.
VIDAL, Diana Gonçalves. O exercício disciplinado do olhar: livros, leituras e práticas de formação docente no Instituto de Educação do Distrito Federal (1932-1937). Bragança Paulista: USF, 2001.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
História da Educação utiliza como base para transferência de direitos a licença CreativeCommons BY (creativecommons.org) para periódicos de acesso aberto - Open ArchivesIniciative (OAI), categoria greenroad.
Por acesso aberto entende-se a disponibilização gratuita na Internet, para que os usuários possam ler, fazer download, copiar, distribuir, imprimir, pesquisar ou referenciar o texto integral dos documentos, processá-los para indexação, utilizá-los como dados de entrada de programas para softwares, ou usá-los para qualquer outro propósito legal, sem barreira financeira, legal ou técnica.
a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença CreativeCommonsAttribution, que permite o compartilhamento do texto com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.