Análise da participação das mulheres na ciência: um estudo de caso da área de Ciências Exatas e da Terra no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.19132/1808-5245251.37-62Palavras-chave:
Mulheres na ciência. Produção científica. Ciências Exatas e da Terra.Resumo
Há várias décadas, estudos sobre a presença das mulheres na ciência são realizados e servem para identificar a sua participação e produção, como também são usados de base para o desenvolvimento de políticas científicas de incentivo e valorização feminina na ciência. O presente trabalho avaliou a produção científica de mais de 40 mil doutoras e doutores brasileiros que atuam na área de Ciências Exatas e da Terra e concluiu que: (1) a participação de homens é consideravelmente maior que a de mulheres em praticamente todas as subáreas analisadas; (2) existe um crescimento na presença das mulheres ao longo do tempo; e (3) a porcentagem de publicações de mulheres é levemente inferior em relação à porcentagem de sua participação.
Downloads
Referências
ALONSO-ARROYO, A. et al. Análisis de género, productividad científica y colaboración de las profesoras universitarias de Ciencias de la Salud en la Comunidad Valenciana (2003-2007). Revista Española de Documentación Científica, Madrid, v. 33, n. 4, p. 624-64, oct./dic. 2010.
AQUINO, E. M. L. Gênero e saúde: perfil e tendências da produção científica no Brasil. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 40, n. especial, p. 131-132, ago. 2006.
ARRUDA, D. et al. Brazilian Computer Science research: gender and regional distributions. Scientometris, Hoboken, v. 79, n. 3, p. 651-665, July 2009.
BARRIOS, M.; VILLARROYA, A.; BORREGO, Á. Scientific production in psychology: a gender analysis. Scientometrics, Hoboken, v. 95, n. 1, p. 15-23, Apr. 2013.
BRAISHER, T. L.; SYMONDS, M. R. E.; GEMMELL, N. J. Publication success in nature and science is not gender dependent. BioEssays, Cambridge, v. 27, n. 8, p. 858-859, July 2005.
CAÑIBANO SÁNCHEZ, C.; BOZEMAN, B. Curriculum vitae method in science policy and research evaluation: the state-of-the-art. Research Evaluation, Guildford, v. 18, n. 2, p. 86-94, June 2009.
CESI, S. J. et al. Women in academic science: a changing landscape. Psychological Science in the Public Interest, [S.l.], v. 15, n. 3, p. 75-141, Dec. 2014.
CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO. Plataforma Lattes. Brasília: CNPq, 2018. Disponível em: <http://lattes.cnpq.br/>. Acesso em: 26 jan. 2018.
FERREIRA, L. O. et al. Institucionalização das ciências, sistema de gênero e produção científica no Brasil (1939-1969). História, Ciências, Saúde: manguinhos, Rio de Janeiro, v. 15, p. 43-71, jun. 2008. Suplemento.
FILIPPO, D. D.; CASADO, E. S.; GÓMEZ, I. Quantitative and qualitative approaches to the study of mobility and scientific performance: case study of a Spanish university. Research Evaluation, Guildford, v. 18, n. 3, p. 191-200, Sept. 2009.
KELLY, C. D.; JENNIONS, M. D. The h index and career assessment by numbers. Trends in Ecology & Evolution, Oxford, v. 21, n. 4, p. 167-170, Apr. 2006.
LETA, J. Mulheres na ciência brasileira: desempenho inferior? Feminismos, Salvador, v. 2, n. 3, p. 139-152, set./dez. 2014.
KYVIK, S.; TEIGEN, M. Child care, research collaboration and gender differences in scientific productivity. Science, Technology and Human Values, New York, v. 21, n. 1, p. 54-71, 1996.
LEWISON, G. The quantity and quality of female researchers: a bibliometric study of Iceland. Scientometrics, Hoboken v. 52, n. 1, p. 29-43, Sept. 2001.
MAULEÓN, E.; BORDONS, M.; OPPENHEIM, C. The effect of gender on research staff success in life sciences in the Spanish National Research Council. Research Evaluation, Guildford, v. 17, n. 3, p. 213-225, Sept. 2008.
PARENT IN SCIENCE. Entendendo a maternidade dentro do universo científico brasileiro. [S.l.]: Wix.com, 2018. Disponível em: <https://www.parentinscience.com/sobre-o-parent-in-science>. Acesso em: 20 jun. 2018.
R-PROJECT. The R Project for Statistical Computing. [S.l.]: The R Foundation, 2018. Disponível em: <http://www.r-project.org>. Acesso em: 20 jun. 2018.
SANDSTRÖM, U. Combining curriculum vitae and bibliometric analysis: mobility, gender and research performance. Research Evaluation, Guildford, v. 18, n. 2, p. 135-142, June 2009.
SHELTZER, J. A.; SMITH, J. C. Elite male faculty in the life sciences employ fewer women. Proceedings of the National Academy of Sciences, Washington, v. 111, n. 28, p. 10107-10112, July 2014.
SYMONDS, M. R. et al. Gender differences in publication output: towards an unbiased metric of research performance. Plos One, San Francisco, v. 27, n. 1, p. 1-5, Dec. 2006.
TUESTA, E. F. et al. Analysis of advisor-advisee relationship: an exploratory study of the area of Exact and Earth Sciences in Brazil. Plos One, San Francisco, v. 10, n. 5, e0129065, p. 1-18, 2015.
WEBSTER, B. M. Gender in scientific production. Research Evaluation, Guildford, v. 10, n. 3, p. 185-194, Dec. 2001.
XIE, Y.; SHAUMAN, K. A. Sex differences in research productivity: new evidence about an old puzzle. American Sociological Review, New York, v. 63, n. 6, p. 847-870, Dec. 1998.
VALENTOVA, J. V. et al. Underrepresentation of women in the senior levels of Brazilian science. Peer Journals, London, v. 5, e4000, p. 1-20, Dec. 2017.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2018 Esteban Fernandez Tuesta, Luciano Antonio Digiampietri, Karina Valdivia Delgado, Nathália Ferraz Alonso Martins

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (CC BY 4.0), que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista, como publicar em repositório institucional, com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Os artigos são de acesso aberto e uso gratuito. De acordo com a licença, deve-se dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Não é permitido aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.