Dos “abismos do inconsciente” às razões da diferença: criação estética e descolonização da desrazão na Reforma Psiquiátrica Brasileira

Autores

  • João Arriscado Nunes Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra
  • Raquel Siqueira Silva Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB)

DOI:

https://doi.org/10.1590/15174522-018004308

Palavras-chave:

Saúde mental. Linha abissal. Reforma Psiquiátrica Brasileira. Estética. Grupos musicais. Ecologia de saberes

Resumo

O conceito de linha abissal, de Boaventura de Sousa Santos,  assinala a divisão do mundo em zonas “civilizadas” e “selvagens”. A desumanização associada à atribuição de desrazão, loucura ou alienação e, mais recentemente, de distúrbio ou transtorno mental aparece como expressão dessa linha abissal. Uma das respostas mais radicais e criativas a essa desumanização assumiu formas inovadoras de ação coletiva e de redefinição do espaço dos saberes e modos de expressão no quadro da Reforma Psiquiátrica Brasileira. Este processo – aqui discutido a partir das produções e práticas de grupos musicais - tornou possível, em particular, o reconhecimento da dimensão estética como elemento central da descolonização dos saberes e práticas da saúde mental, e da invenção de ecologias de saberes que descentram radicalmente a autoridade dos saberes hegemônicos.

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Biografia do Autor

João Arriscado Nunes, Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra

Professor Catedrático da Faculdade de Economia e Investigador Sénior do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra

Raquel Siqueira Silva, Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB)

Professora Adjunta da Universidade Federal do Sul da Bahia

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Publicado

2016-11-20

Como Citar

NUNES, J. A.; SILVA, R. S. Dos “abismos do inconsciente” às razões da diferença: criação estética e descolonização da desrazão na Reforma Psiquiátrica Brasileira. Sociologias, [S. l.], v. 18, n. 43, 2016. DOI: 10.1590/15174522-018004308. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/sociologias/article/view/62151. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Dossiê - Sociologia da Tradução