Mobilidade e Estrutura de Classes no Brasil Contemporâneo

Autores

  • Carlos Antônio Costa Ribeiro

Palavras-chave:

Mobilidade social. Classes. Desigualdades sociais. Fluidez social. Brasil.

Resumo

Este artigo apresenta análises sobre estrutura de classes e mobilidade social no Brasil usando os dados mais recentes disponíveis. A evolução da estrutura de classes entre as décadas de 1970 e 2000 é apresentada, indicando que medida em termos das ocupações houve uma diminuição gradual das classes de trabalhadores manuais qualificados e profissionais. Esta mudança, no entanto, não significa que a sociedade brasileira passou a ser predominantemente de classe média como vem sendo defendido por alguns cientistas sociais. Além disso, o artigo argumenta que informações sobre mobilidade intergeracional são fundamentais para definir as principais clivagens de classe. Nesse sentido, o artigo descreve o padrão de fluidez social no Brasil que determina as desigualdades de oportunidades de mobilidade social e os principais pontos de fechamento social na estrutura social brasileira. O padrão vertical ou hierárquico é o que melhor descreve a fluidez social no país, o que implica em dizer que a distância entre as classes em termos de mobilidade intergeracional é fundamental. O papel mediador entre classes de origem e de destino desempenhado pela educação alcançada também é apresentado. A maioria das análises é baseada em dados provenientes da Pesquisa Dimensões Sociais das Desigualdades (PDSD-2008), mas dados das Pesquisas Nacionais por Amostragem Domiciliar (PNADs) de 1973, 1982, 1988, e 1996 também são apresentados.

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Como Citar

RIBEIRO, C. A. C. Mobilidade e Estrutura de Classes no Brasil Contemporâneo. Sociologias, [S. l.], v. 16, n. 37, 2014. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/sociologias/article/view/50589. Acesso em: 28 mar. 2024.