Percorrendo Labirintos

identidades fragmentadas e cultura política no divã

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/18070337-123684

Palavras-chave:

identitarismo; cultura política; gênero; raça; estudos pós-coloniais.

Resumo

Resenha do livro: ROUDINESCO, Elisabeth. O Eu soberano: ensaio sobre as derivas identitárias. Trad. Eliana Aguiar. 1. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2022.

A presente resenha aborda o livro da historiadora e psicanalista francesa Elisabeth Roudinesco, uma polêmica (e necessária) reconstrução crítica de temas tabus do pensamento e da ação política vinculados aos estudos pós-coloniais, decoloniais, subalternos e aos movimentos negro, feminista radical e queer. A autora se concentra no que chama de “derivas identitárias”, consolidadas nos estudos e nas produções acadêmicas sobre gênero, raça, “pós-colonialidades” e interseccionalidade, em paralelo ao “identitarismo” de direita.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Francisco Thiago Rocha Vasconcelos, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira

Doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo e Professor na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB).

Referências

BARROS, Douglas Rodrigues. Identidade não é identitarismo. Revista Rosa, v. 5, n.3, 2022. Disponível em: https://revistarosa.com/5/identidade-nao-e-sinonimo-de-identitarismo

BEAUVOIR, Simone. O segundo sexo. Trad. Sergio Milliet. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008 [1949]

BHABHA, Homi K. Les lieux de la culture : une théorie postcoloniale. Trad. Françoise Bouillot. Paris: Payot, 2007.

BRAUNSTEIN, Jean-François. La philosophie devenue folle : le genre, l’animal, la mort. Paris: Grasset, 2018.

BUTLER, Judith. Trouble dans le genre : por un féminism de la subversion. Paris: La Découverte, 2005[1990].

CÉSAIRE, Aimé. Discurso sobre o colonialismo. Trad. Claudio Willer. São Paulo: Veneta, 2020 [1950].

CHAKRABERTY, Dipesh. Provincialiser l’Europe : la pensée postcoloniale et la différence historique. Paris: Éditions Amsterdam, 2009 [2000].

DERRIDA, Jacques. A escritura e a diferença. Trad. Maria Beatriz Marques Nizza da Silva. São Paulo: Perspectiva, 2002.

DERRIDA, Jacques. Le monolinguisme de l’autre, ou La prothèse d’origine. Paris: Galillé, 1996.

DERRIDA, Jacques; ROUDINESCO, Elisabeth. De que amanhã... Rio de Janeiro: Zahar, 2004.

FLAUBERT, Gustave. Lettre à Louis Bouihlet, 13 mar. 1850. In: FLAUBERT, G. Correspondance. Paris: Gallimard, 2018.

FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Trad. Sebastião Nascimento. São Paulo: Ubu, 2020 [1952].

FANON, Frantz. Os condenados da terra. Trad. José Laurêncio de Melo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968 [1961].

FASSIN, Éric. Le racisme anti-Blancs n’existe pas. Liberation, 22 out. 2018. https://www.liberation.fr/debats/2018/10/22/le-racisme-anti-blancs-n-existe-pas_1687081/

FAUSTO-STERLING, Anne. Corps en tous genres : la dualité des sexes à l’épreuve de la science. Paris: La Découverte; Institut Émilie du Châtelet, 2020 [2012].

FERREIRA, Pedro D. Roudinesco, ao chamar os outros de identitários, expressa posições do identitarismo branco. Folha de São Paulo, 26 mar. 2022. https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2022/03/roudinesco-ao-chamar-os-outros-de-identitarios-expressa-posicoes-do-identitarismo-branco.shtml

LASCH, Christopher. Le Moi assiégé : essai sur l’érosion de la personnalité. Paris: Climats, 2008[1984].

LASCH, Christopher. A cultura do narcisismo: a vida americana numa era de esperanças em declínio. Trad. Ernani Pavaneli. Rio de Janeiro: Imago, 1983 [1979].

LÉVI-STRAUSS, Claude. Raça e História. In: Lévi-Strauss. Trad. de Inácia Canelas. São Paulo: Abril Cultural, 1976 [1952]. (Col. Os Pensadores).

LILLA, Mark. La gauche identitaire : l’Amérique en miettes. Paris : Stock, 2018 [2017].

MEYNER, Gilbert; VIDAL-NAQUET, Pierre. Resenha da obra de GRANDMAISON, Olivier Le Cour. Coloniser, exterminer : sur la guerre et l’État colonial. Paris: Fayard, 2005. Études Coloniales, 10 maio 2006. http://etudescoloniales.canalblog.com/archives/2006/05/10/2311101.html

PUAR, Jasbir K. Homonationalisme : la politique queer après le 11 septembre 2011. Paris: Éditions Amsterdam, 2012 [2007].

SAFATLE, Vladimir. Como um psicanalista não deve falar de identidade. Valor Econômico, 2 jul. 2022. https://valor.globo.com/eu-e/noticia/2022/07/02/vladimir-safatle-como-um-psicanalista-nao-deve-falar-de-identidade.ghtml

SAID, Edward. Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. Trad. Rosaura Eichenberg. São Paulo: Companhia de bolso, 2007 [1980].

SARTRE, Jean-Paul. Orphée noir. In: SENGHOR, Leopold S. Anthologie de la nouvelle poésie nègre et malgache de langue française. Paris: PUF, 1948.

SENGHOR, Léopold S. Liberté : négritude et humanisme. Paris: Seuil, 1964. (Tomo 1).

SPIVAK, Gayatri C. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2014 [1988].

STOLLER, Robert. Recherches sur l’identité sexuelle à partir du transsexualisme. Paris: Gallimard, 1978 [Nova York, 1968].

Downloads

Publicado

2023-06-29

Como Citar

VASCONCELOS, F. T. R. Percorrendo Labirintos: identidades fragmentadas e cultura política no divã . Sociologias, [S. l.], v. 25, n. 62, 2023. DOI: 10.1590/18070337-123684. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/sociologias/article/view/123684. Acesso em: 7 dez. 2023.

Edição

Seção

Resenhas