EDUCAÇÃO EM SAÚDE: UM ESTUDO DE CASO SOBRE SÍFILIS CONGÊNITA NO MUNICÍPIO DE ESTEIO NO RIO GRANDE DO SUL
DOI:
https://doi.org/10.54909/sp.v2i3.86574Resumo
A sífilis permanece como um sério problema de saúde pública, o grande número de casos em gestantes e seus parceiros têm levado ao aumento da sífilis congênita. O município de Esteio - Rio Grande do Sul foi o local de escolha para este estudo, por apresentar um número crescente de casos de sífilis congênita e conta em sua rede com a estrutura necessária para o cuidado no pré-natal, parto, nascimento, puerpério e atenção à saúde da criança. Teve como objetivos, identificar as potencialidades e fragilidades na Rede de Atenção à Saúde (RAS) do município, no que se refere a educação em saúde e ao cuidado às gestantes e parceiros com sífilis e às crianças com suspeita ou diagnóstico de sífilis congênita e contribuir com elementos para subsidiar estratégias de educação no que se refere ao enfrentamento da sífilis congênita. O estudo foi desenvolvido através de método qualitativo, tipo estudo de caso. Foram realizadas 13 entrevistas individuais com gestores, médicos e enfermeiros da Atenção Básica e maternidade, profissional da Vigilância em Saúde e Agentes Comunitários de Saúde, através de questionário com perguntas semiestruturadas, baseados no caso fictício de uma gestante com sífilis. As entrevistas foram transcritas e organizadas em categorias. Através da análise de discurso, pretendeu-se compreender à percepção dos entrevistados sobre o cuidado da sífilis congênita, frente8 à realidade municipal. Nos resultados verificou-se que os trabalhadores têm papel fundamental na participação das políticas de saúde e ensino na saúde. Na perspectiva dos entrevistados, emerge a complexidade do cuidado em saúde relacionado a uma IST, vinculada as dimensões técnica, de gestão, política, pedagógica, mas principalmente relacionadas a questões individuais e sociais da população.
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