Teletrabalho compulsório: reorganização e desorganização do trabalho docente

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Resumo

O presente artigo apresenta os resultados de uma pesquisa conduzida em uma instituição pública brasileira, envolvendo docentes que atuam no Ensino Superior, no curso de Administração de Empresas, com o objetivo de analisar a reorganização e desorganização do trabalho decorrentes do teletrabalho compulsório. Para este fim, o método aproxima-se da proposta da Ontologia e Epistemologia Crítica do Concreto, a partir de uma abordagem qualitativa, analítica, abrangendo o período de 2020 a 2022. Os dados foram coletados por meio de consulta a documentos institucionais e de entrevistas semiestruturadas. O estudo contou com a participação de nove docentes. A análise dos dados é conduzida com base na análise de conteúdo. A pesquisa revela mudanças no trabalho docente durante a pandemia, incluindo adaptações tecnológicas, alterações nas rotinas, extensão da jornada e intensificação do trabalho e falta de suporte institucional. Contradições surgem entre vantagens e desafios percebidos pelos docentes. Tais elementos resultaram em pressões acumuladas que levaram a um desgaste físico e emocional para esses profissionais. Conclui-se que o teletrabalho trouxe tanto a necessária reorganização para a continuidade do ensino quanto a desorganização ao modificar profundamente as dinâmicas tradicionais de ensino e aprendizagem.

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Biografia do Autor

José Henrique de Faria, Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Curitiba, PR, Brasil.
E-mail: jhfaria@gmail.com.
ORCID: 0000-0003-3971-7992

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Publicado

2024-12-13

Como Citar

de Oliveira, J., & Faria, J. H. de. (2024). Teletrabalho compulsório: reorganização e desorganização do trabalho docente. Revista Eletrônica De Administração, 30(3). Recuperado de https://seer.ufrgs.br/index.php/read/article/view/140251