O MDL NO BRASIL E A PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: UM ESTUDO EMPÍRICO

Autores

  • André Luiz Montagna da Rosa Universidade Federal de Santa Catarina – SC / Brasil

Palavras-chave:

Mudança climática, Protocolo de Quioto, Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, Desenvolvimento sustentável, Gestão do meio ambiente

Resumo

A mudança do clima causada pela emissão antrópica de gases de efeito é uma das maiores ameaças à humanidade no século XXI. Para tratar do problema foi adotada em 1992 a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. Com a terceira Conferência das Partes da Convenção, realizada em Quioto, em 1997, foi estabelecido um acordo internacional, onde se encontram definidas metas de redução de emissões de GEE para os Países industrializados, além de critérios e diretrizes para a utilização de mecanismos de mercado. Destes mecanismos, o único que permite a participação de Países em desenvolvimento é o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), que busca também a promoção do desenvolvimento sustentável nestes Países. Entretanto, a determinação da contribuição do MDL ao desenvolvimento sustentável nem sempre é possível, visto não haver um padrão internacional para avaliar os projetos quanto a este critério. Neste contexto, o presente artigo aborda a contribuição dos projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), conforme definido no Protocolo de Quioto, ao desenvolvimento sustentável no Brasil. Para responder a este objetivo foi realizado um estudo descritivo exploratório, com uma abordagem quantitativa na coleta e tratamento dos dados com aporte qualitativo em suas análises, utilizando como ferramenta de análise a metodologia Development Dividend Framework, desenvolvida pelo Instituto Internacional para o Desenvolvimento Sustentável (COSBEY, 2006). O estudo demonstrou a participação e a contribuição das atividades de projeto de MDL desenvolvidas no Brasil ao desenvolvimento sustentável. Baseado nos resultados da pesquisa foi possível verificar que as atividades de projeto de MDL aprovadas no Brasil não contribuem significativamente ao desenvolvimento sustentável, visto terem apresentado reduzido valor na pontuação obtida com a aplicação da matriz DDF. Com isto, é recomendado o uso da matriz DDF para a análise dos projetos e a partir de então uma maior participação governamental visando o incremento no resultado dos projetos de MDL ao desenvolvimento sustentável no Brasil.

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Publicado

2013-04-18

Como Citar

Montagna da Rosa, A. L. (2013). O MDL NO BRASIL E A PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: UM ESTUDO EMPÍRICO. Revista Eletrônica De Administração, 15(3), 729–758. Recuperado de https://seer.ufrgs.br/index.php/read/article/view/39035