Características biométricas e fisiológicas de plantas jovens de Mikania glomerata Sprengel e Mikania laevigata Schultz Bip. ex Baker cultivadas sob malhas coloridas

Autores

  • Girlene Santos Souza
  • Evaristo Mauro Castro
  • Ângela Maria Soares
  • José Eduardo Brasil Pereira Pinto

Palavras-chave:

Guaco, plantas medicinais, sombreamento, intensidade de luz, qualidade de luz

Resumo

Mikania glomerata e Mikania laevigata são comumente chamadas de guaco e estão entre as espécies mais usadas popularmente, principalmente para o tratamento de febre, reumatismo, gripe e doenças do trato respiratório. Por isso, o entendimento do comportamento fisiológico dessa espécie e as suas respostas às condições do ambiente tornam-se necessários ao aperfeiçoamento dos métodos de cultivo. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito do controle do espectro de luz, utilizando malhas coloridas, sobre as características biométricas e fisiológicas em M. glomerata e M. laevigata, durante o desenvolvimento inicial. As plantas foram obtidas a partir de estacas e mantidas sob os tratamentos por 120 dias, utilizando malhas de 50% de sombreamento nas cores vermelha, cinza e azul e a pleno sol (0%), determinando-se posteriormente a massa seca total e particionada (folha, caule e raízes), área foliar, razão de área foliar, razão de peso foliar, área foliar específica e conteúdo de pigmentos fotossintéticos (clorofilas e carotenóides). Os resultados revelaram que a malha azul proporcionou aumento no acúmulo de massa seca total e particionada da parte aérea e as plantas apresentaram maior crescimento em altura. Além disso, houve aumento nos teores de clorofilas a, b e total, para ambas as espécies em relação às outras malhas e ao tratamento a pleno sol. As plantas sob malhas vermelha e azul apresentaram maior alocação de matéria seca para as raízes. Não foram observadas, entretanto, alterações na razão de peso foliar e relação clorofila a/b. Porém, observou-se que o sombreamento alterou significativamente a distribuição de massa seca particionada e que o uso de diferentes malhas modifica o conteúdo de pigmentos fotossintéticos nas espécies de guaco em estudo.

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Biografia do Autor

Girlene Santos Souza

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal da Bahia (1999), Mestrado em Ciências (Energia Nuclear na Agricultura) pela Universidade de São Paulo (2003). Doutorado em Agronomia aréa de concentração Fisiologia Vegetal pela Universidade Federal de Lavras. Atualmente é professora Adjunta I I do Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (CCAAB/UFRB). Tem experiência na área de Fisiologia Vegetal, Morfo-Anatomia, atuando principalmente nos seguintes temas: fisiologia vegetal, anatomia comparada de fanerógams, anatomia floral, crescimento e desenvlvimento e propagação sexuada e assexuada de espécies medicinais. è autora do livro: Manual de Fisiologia vegetal

Evaristo Mauro Castro

Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Viçosa (1986), mestrado em Agronomia (Fisiologia Vegetal) pela Universidade Federal de Lavras (1995) e doutorado em Agronomia (Fitotecnia) pela Universidade Federal de Lavras (2002). Atualmente é professor Associado da Universidade Federal de Lavras do departamento de Biologia. Tem experiência nas áreas de Botânica Estrutural, Fisiologia Vegetal, Anatomia Ecológica e Agronomia, com ênfase em Fitotecnia. Desenvolve atividades ligadas à Anatomia das Plantas em Diferentes Condições Ambientais, desenvolvendo análises em Anatomia Quantitativa, Anatomia Ecológica e Estrutura e Função de Órgãos Vegetativos nessa última área, é autor de um livro intitulado "Histologia Vegetal: Estrutura e Função de Órgãos Vegetativos

Ângela Maria Soares

possui graduação em Física Bacharelado pela Universidade Federal de Minas Gerais (1977), mestrado em Agrometeorologia pela Universidade de São Paulo (1980) e doutorado em Sciences de l Eau Et Aménagement - Universite de Montpellier II (Scien. et Tech Du Languedoc) (1987). Atualmente é professor associado 1 da Universidade Federal de Lavras do departamento de Biologia. Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em Ecofisiologia Vegetal e Relações Hídricas de plantas, atuando principalmente nos seguintes temas: fluxos de água e CO2, respostas de plantas a condições adversas e vulnerabilidade dos ecossistemas as mudanças globais. Nos últimos anos tem participado de ações de divulgação científica e popularização da Ciência e Tecnologia, que gravitam em torno do Museu de História Natural da Universidade Federal de Lavras

José Eduardo Brasil Pereira Pinto

Graduação em Agronomia: UFLA 1978
Mestrado em Fisiologia Vegetal: Purdue University 1982
Doutorado em Fisiologia Vegetal: Purdue University 1984
Pós-Doutorado: Purdue University 1989 e 1990

Áreas de Atuação:

Cultura de Tecidos e Plantas Medicinais

Atualmente é professora do Departamento de Agricultura da Universidade Federal de Lavras

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Publicado

2010-12-21

Como Citar

Souza, G. S., Castro, E. M., Soares, Ângela M., & Pereira Pinto, J. E. B. (2010). Características biométricas e fisiológicas de plantas jovens de Mikania glomerata Sprengel e Mikania laevigata Schultz Bip. ex Baker cultivadas sob malhas coloridas. Revista Brasileira De Biociências, 8(4). Recuperado de https://seer.ufrgs.br/index.php/rbrasbioci/article/view/114951

Edição

Seção

Artigos