MULHERES NA LITERATURA LATINO-AMERICANA
O INVISÍVEL TAMBÉM TEM COR
DOI:
https://doi.org/10.22456/2238-8915.125549Resumen
Este estudo tem como objetivo colocar em evidência a invisibilidade feminina no campo da literatura latino-americana, enfatizando a invisibilidade de mulheres negras. Para isso, será utilizada a perspectiva decolonial, com seus desdobramentos do feminismo decolonial, pois serão considerados os processos de sexualização e racialização originados com as invasões europeias. O acesso à educação também é um aspecto relevante na invisibilização. Dentre várias escritoras latino-americanas mapeadas desde os 1600, optou-se por destacar a primeira romancista negra da América Latina e, logo, do Brasil, Maria Firmina dos Reis, cujo romance Úrsula pode ser considerado uma das obras fundadoras da literatura afro-brasileira. O estudo considerou quatro de suas obras: Úrsula, “A escrava”, “Gupeva” e Cantos à beira mar, sendo possível verificar que sua produção, além de promover o protagonismo de personagens negros escravizados, traz outros aspectos relevantes para a literatura e para a sociedade, as relações patriarcais e raciais. Portanto, é possível afirmar que o invisível também tem cor, pois ainda que, historicamente, as mulheres brancas também tenham sofrido e sofram processos de invisibilização, as mulheres negras e outras mulheres de cor enfrentam maiores dificuldades e acabam sendo ainda mais invisíveis na sociedade e na literatura.
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