NARRATIVAS NA E DA TRADUÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.22456/2238-8915.131389Resumo
O presente artigo contesta uma das narrativas que dominam nossos discursos disciplinares e profissionais sobre tradução, isto é, a narrativa da tradução como um meio de promover paz, tolerância e compreensão ao possibilitar que a comunicação e o diálogo aconteçam. O artigo começa com um panorama teórico de algumas das características principais da narrativa e de suas dimensões a partir de sua definição no campo da teoria social. Em seguida, são trazidos exemplos do papel desempenhado pela tradução na construção de narrativas de paz e tolerância, justamente por “possibilitar” a comunicação. O artigo, por fim, argumenta que tradutores e pesquisadores de tradução devem resistir à tentação de romantizar excessivamente seu papel na sociedade e devem, em vez disso, reconhecer o fato de que participam de maneiras decisivas na promoção e circulação de discursos e narrativas de vários tipos — algumas promovem paz, outras incentivam conflitos, subjugam populações, e estabelecem justamente o tipo de ponte entre abismos linguísticos que permite que tais atrocidades ocorram.
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