Concentração de iodo urinário em urina de 24 horas de gestantes e sua associação com bócio tireoidiano materno, aborto e peso neonatal: Estudo piloto
Keywords:
Cuidado pré-natal, iodo, gravidezAbstract
RESUMO
INTRODUÇÃO: A comida tem um papel proeminente na obtenção do iodo e uma das melhores estratégias é a iodização do sal. No Brasil, a ANVISA reduziu as doses de iodo no sal de cozinha desde 2014. Portanto, é importante avaliar a concentração urinária de iodo (CIU) em nossa população, principalmente após as modificações determinadas. Com base no exposto, propõe-se avaliar a CIU das gestantes, associando-a à frequência de bócio materno, aborto e peso neonatal.
MÉTODOS: Trata-se de um estudo observacional com um corte transversal composto por 37 pacientes atendidos no Serviço de Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Barbacena e uma clínica particular em Juiz de Fora. A concentração de iodo foi verificada em 24 horas de urina.
RESULTADOS: A média de CIU foi de 213,6 μg/l de urina, com dose mínima de 29 μg/l e máxima de 437 μg/l. A glândula tireoide foi avaliada durante o exame clínico pré-natal (palpação da glândula) e em 24 pacientes (38,1%) foi considerada normal. A palpação da glândula tireoide foi associada à CIU. Houve maior iodúria em gestantes com glândula não palpável (p = 0,004; T = 14,13). Não houve associação entre a CIU e história de aborto ou peso fetal ao nascimento (p> 0,05).
CONCLUSÕES: Este estudo, apesar de ser uma amostra pequena da população, foi importante para identificar que, mesmo em áreas consideradas suficientes de iodo, podemos ter pacientes expostos ao déficit. No entanto, a CIU não parece estar associada ao peso do recém-nascido ou a abortos, mas à dosagem de TSH e ao tamanho da glândula tireoide, sugerindo que a avaliação clínica desta glândula seja um elemento importante para a previsão da iodúria. Assim, a palpação da glândula tireoide poderia ser usada como uma medida indireta do CIU.
Palavras-chave: Cuidado pré-natal; iodo; gravidez
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