CONSCIÊNCIA COLETIVA EM DURKHEIM COMO FATO SOCIAL DE REPRESENTATIVIDADE POLÍTICA: interfaces com a legitimidade política em Maquiavel, representação em Hobbes e sistema político em Mosca, Pareto, Dahl e Bobbio.
Resumo
A noção de consciência coletiva é extremamente heterogênea nos seus usos
nas ciências sociais. O presente artigo procura analisar o conceito de consciência coletiva em Durkheim, mostrando como a representação política em Maquiavel e Hobbes pode estar inserida em sua esfera, garantindo coesão social. Quando o contrário é observado, a inobservância da representação política na consciência coletiva, a sociedade a partir do que Mosca denomina de fórmula política, entra em estado do que Durkheim denomina de anomia. Isto gera uma crise política, que permite, por sua vez, a emergência de um novo modus operandi de representação de democracia que Bobbio analisa, que passa a se estabelecer novamente na consciência coletiva, em um movimento que se transforma, mas, ao mesmo tempo, se reproduz como fato social. Faz-se uso da metodologia de revisão bibliográfica. Uma das inferências do artigo é que elites políticas cumprem uma determinada função e são um fato social não antagônico a democracia, mas, pelo contrário, garantindo que a consciência coletiva ganhe coesão, representando demandas da sociedade civil que, ao se transformar, estabelece uma rotatividade das elites no poder.
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