
Nos anos 2010 a legitimidade da democracia representativa é questionada em
diversos países. Experiências de inovação democrática e de participação cidadã surgem dentro de movimentos alter-ativistas que reivindicam um sistema mais participativo, horizontal e transparente. Movimentos contemporâneos de ocupação política denunciam a fragilidade e a ineficiência do modelo de democracia representativa tal como instituído, apontando os fenômenos de profissionalização da política e de sub-representação como fatores de ilegitimidade democrática. Como alternativa crítica ao sistema eleitoral partidário, movimentos de renovação política vêm surgindo nos últimos anos em diferentes estados brasileiros. Nesse contexto de renovação e de experimentação política, propomos analisar como as críticas à fragilidade do sistema político se inserem em discursos e em práticas ativistas na cidade de São Paulo.