DESENVOLVIMENTO, EXTENSÃO RURAL E GÊNERO: o “social” e suas metamorfoses na ascar

Autores

  • Lucas Woltmann

Resumo

Esta pesquisa reside no estudo da Associação Sulina de Crédito e Assistência
Rural (ASCAR), prestadora de serviços de extensão rural desde 1955.   Estruturada em duas áreas de atuação, “técnica” e “social”, atento, sobretudo, à segunda, materialização do campo de conhecimentos e intervenção surgida no século XIX a partir da emergência do Estado de bem-estar social, no qual temas como pobreza, saúde e educação se converteram em problemas que requeriam formas de planejamento social e de intervenção, visando seu ajustamento a parâmetros modernos de vida e de pensamento. Sendo a área “social” historicamente associada às mulheres, como promotoras e assistidas da extensão rural, o objetivo da pesquisa consiste em compreender que papeis as relações de gênero desempenharam na história da instituição, buscando analisar suas implicações contemporâneas. Para tal, foram realizadas análises  documentais e entrevistas junto a quinze extensionistas, interpretando-as à luz de conceitos e problemas ligados a gênero e ao discurso desenvolvimentista. Os resultados parciais apontam a existência de disputas internas na instituição em virtude de uma histórica desvalorização da área “social”, das mulheres que a praticam e dos saberes que aportam, movimentos que, associados às metamorfoses na extensão rural e ao risco de perda da certificação socioassistencial cedida à associação, conduzem a um repensar do papel desses agentes e da extensão rural.

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Publicado

18-12-2017

Como Citar

WOLTMANN, L. DESENVOLVIMENTO, EXTENSÃO RURAL E GÊNERO: o “social” e suas metamorfoses na ascar. Revista Contraponto, [S. l.], v. 4, n. 2, 2017. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/contraponto/article/view/78920. Acesso em: 29 mar. 2024.