DESENVOLVIMENTO, EXTENSÃO RURAL E GÊNERO: o “social” e suas metamorfoses na ascar
Resumo
Esta pesquisa reside no estudo da Associação Sulina de Crédito e Assistência
Rural (ASCAR), prestadora de serviços de extensão rural desde 1955. Estruturada em duas áreas de atuação, “técnica” e “social”, atento, sobretudo, à segunda, materialização do campo de conhecimentos e intervenção surgida no século XIX a partir da emergência do Estado de bem-estar social, no qual temas como pobreza, saúde e educação se converteram em problemas que requeriam formas de planejamento social e de intervenção, visando seu ajustamento a parâmetros modernos de vida e de pensamento. Sendo a área “social” historicamente associada às mulheres, como promotoras e assistidas da extensão rural, o objetivo da pesquisa consiste em compreender que papeis as relações de gênero desempenharam na história da instituição, buscando analisar suas implicações contemporâneas. Para tal, foram realizadas análises documentais e entrevistas junto a quinze extensionistas, interpretando-as à luz de conceitos e problemas ligados a gênero e ao discurso desenvolvimentista. Os resultados parciais apontam a existência de disputas internas na instituição em virtude de uma histórica desvalorização da área “social”, das mulheres que a praticam e dos saberes que aportam, movimentos que, associados às metamorfoses na extensão rural e ao risco de perda da certificação socioassistencial cedida à associação, conduzem a um repensar do papel desses agentes e da extensão rural.
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