AS MULTIPLICIDADES DE LA REALIDAD RACIAL: UN GENOCIDIO SOCIORACIAL ENTRE CONFLICTOS MORALES Y SOCIALES EN EL CASO DE CEARÁ
Um Genocídio Sociorracial entre Conflitos Morais e Sujeições Sociais no Caso Cearense
Palabras clave:
Genocídio sociorracial, Juventude negraResumen
El objetivo de este artículo es discutir aspectos del genocidio socio-racial de jóvenes
negros en Ceará. Con base en un trabajo de campo etnográfico y entrevistas con
jóvenes negros de diferentes periferias de la ciudad de Fortaleza, el objetivo es
comprender cómo los procesos de sujeción racista de sus cuerpos son percibidos en
el contexto de los conflictos sociales que estructuran la producción de muerte social
de los jóvenes de raza negra. Este fenómeno se vuelve más dramático porque, en
Ceará, prevalece una ideología blanqueadora, que intenta negar la existencia de
negros en el estado. Los discursos hegemónicos del racismo en Ceará inviabilizan el
propio racismo por la afirmación difusa e institucional de que “en Ceará no hay
negros”. Los jóvenes autodeclarados negros se convierten, en este escenario, en
personas moralmente imposibles, ni siquiera reconocidas en su autodefinición.
Dentro de esta limitación de la vida, la violencia policial se convierte en una situación
rutinaria “Nosotros que vivimos más en las favelas, ¿sabes? Sufrimos muchos más
insultos, patadas en las piernas y esas cosas”. La forma en que se realiza el cateo
policial demuestra que debe haber una relación de obediencia entre el policía y el
cacheado, una violencia simbólica que deshumaniza al joven cacheado, marcando
su propia ciudadanía en una forma clara de “disciplinar” al joven haciéndolo sujeto
en un rol sumiso.
Descargas
Citas
ARENDT, Hannah. A condição humana. Barueri: Forense Universitária, 2010. BORGES, Juliana. Encarceramento em massa. São Paulo: Sueli Carneiro; Pólen, 2019. 144p.
CARNEIRO, Sueli. Dispositivo de racialidade. A construção do outro como não ser como fundamento do ser. Rio de Janeiro: Zahar, 2023. 431p.
CARVALHO, Alba Maria Pinho de. O ofício da pesquisa em tempos contemporâneos: a ousadia da construção teórica e da criação de vias metodológicas. 2014. In.: ALVES, Giovanni; SANTOS; João Bosco Feitosa dos. (org.). Métodos e técnicas de pesquisa sobre o mundo doTrabalho. Bauru: Canal 6, 2014. p. 11-28.
CENTRO DE ESTUDOS DE SEGURANÇA E CIDADANIA – CESEC. 87% dos mortos por intervenção policial no ceará são negros, diz estudo. CESEC, 9 dez, 2020. Disponível em: https://cesecseguranca.com.br/reportagens/87-dos-mortos-por- intervencao-policial-no-ceara-sao-negros-diz-estudo/
COLLINS, Patricia Hill. Bem mais que ideias: a interseccionalidade como teoria social crítica. Trad. Bruna Barros e Jess Oliveira. 1. ed. São Paulo: Boitempo, 2022. 423p.
DAVIS, Angela. A liberdade é uma luta constante. São Paulo: Boitempo, 2018. 140p.
DAYRELL, Juarez. O Jovem como sujeito social. Revista Brasileira de Educação, n. 24, p. 40-52, 2003.
DIÓGENES, Glória Maria dos Santos. Cartografias da cultura e da violência: gangues, galeras e o Movimento Hip Hop. 1998. 384f. Tese (Doutorado em Sociologia) – Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 1998.
DIÓGENES, Glória Maria dos Santos. Juventude, cultura e violência. In: BARREIRA, César; BATISTA, Élcio (org.). (In)Segurança e sociedade: treze lições. 1. ed. Fortaleza: Pontes Editores; Fundação Demócrito Rocha, 2011. p. 53-68.
FERREIRA SOBRINHO, José Hilário. Abolição no Ceará: um novo olhar. 1. ed. Fortaleza: Editora IMEPH, 2009. 72p.
FERNANDES, Kamila. Polícia proíbe bailes funks em Fortaleza. Folha de S. Paulo, 9 mar. 2001. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u24097.shtml
FLAUZINA. Ana Luiza Pinheiro. Corpo negro caído no chão: o sistema penal e o projeto genocida do estado brasileiro. 2006. 145f. Dissertação (Mestrado em Direito) – Universidade de Brasília, Brasília, 2006.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. 20. ed. Petrópolis: Vozes, 1999. 348p.
GONZALES, Lélia. Racismo e Sexismo na cultura brasileira. Revista de Ciências Sociais Hoje, Anpocs, 1984, p 223-244.
HONNETH, Axel. Luta por reconhecimento: a gramática moral dos conflitossociais. 2. ed. São Paulo: Editora 34, 2009. 296p.
MARTIUS, Karl Friedrich Philipp von. Como se deve escrever a história do Brazil. 1885. 55f. Dissertação (Mestrado em História) – Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Rio de Janeiro, 1885.
MATTOS PIMENTA, Melissa de. Masculinidades e sociabilidades: Compreendendo oenvolvimento de jovens com violência e criminalidade. Dilemas – Revista de Estudos de Conflito e Controle Social, v. 7, n. 3, p. 701-730, 2014. ISSN: 1983-
Disponível em: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=563865507004
MENDES, Pedro Vítor Gadelha. Racismo no Ceará: herança colonial, trajetórias contemporâneas. 2010. 95f. Monografia (Graduação em Ciências Sociais) – UniversidadeFederal do Ceará, Fortaleza, 2010.
MISSE, Michel. Malandros, marginais e vagabundos & a acumulação social da violência no Rio de Janeiro. 1999. 413f. Tese (Doutorado em Sociologia) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1999.
MOTTA, Luana; ROCHA, Rafael; RÍZIA, Ada; AMORIM, Adson. Fora do crime no ‘mundo do crime’: Experiências juvenis em meio à guerra em periferias de Maceió e Belo Horizonte. Dilemas, Rev. Estud. Conflito Controle Soc, Rio de Janeiro, ed. esp. n. 4, p. 387-414, 2022.
NASCIMENTO, Abdias do. O Genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. 3. ed. São Paulo: Perspectivas, 2016. 232p.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS – ONU. Convenção para a prevenção e a repressão do crime de genocídio. Nova York: ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS, 1948.
PAIVA, Luiz Fábio Silva.; FREITAS, Geovani Jacó de. Ecos da violência nas margens de uma sociedade democrática: o caso da periferia de Fortaleza. Soc. e Cult., Goiânia, v. 18, n. 2, p. 115-128, jul./dez. 2015.
PAULINO. Nícolas; TORRES, Alessandro. Cearenses têm influência genética de povos nórdicos, revela pesquisa. G1, 27 jul. 2020. Disponível em: https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2020/07/27/cearenses-tem-maior-influencia- genetica-de-povos-nordicos-do-que-de-indios-e-negros-revela-pesquisa.ghtml
PEIRANO, Mariza. A favor da etnografia. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1995. 162p.
PEREIRA, Carliana Isabel Nascimento. “Eu já morri tantas vezes antes de você me encher de bala” o genocídio racial e social de jovens negros em Fortaleza. 2022. 112f. Dissertação. (Mestrado em Sociologia) – Universidade Federaldo Ceará, Fortaleza, 2022.
PEUGNY, Camille. O destino vem do berço? Desigualdades e reprodução social. Campinas: Papirus, 2014. 127p.
RAMIRES, Ana Rute. 94% das presas no Ceará são negras. O Povo, 29 nov. 2019. Disponível em: view-source:https://mais.opovo.com.br/jornal/cidades/2019/11/29/94-- das-presas-no-ceara-sao-negras.html
SÁ, Leonardo Damasceno de. Guerra, mundão e consideração: uma etnografia da socialidade armada em Fortaleza. Fortaleza: Imprensa Universitária UFC, 2021. 249p.
SILVA, Ana Paula de Holanda. O lugar dos conhecimentos afrikanos e da diáspora nas epistemologias das Ciências Sociais do Ceará. 2022. 197f. Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, 2022.
SODRÉ, Muniz. O fascismo da cor: uma radiografia do racismo nacional. Petrópolis: Vozes, 2023. 177p.
SOUZA, Neusa Santos. Tornar-se negro – Ou As vicissitudes da identidade do negro brasileiro em ascensão social. Rio de Janeiro: Zahar, 2021. 171p.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Em caso de aprovação do artigo, os autores cedem automaticamente seus direitos de autoria à Revista Contraponto, a qual passa a deter a posse dos direitos referentes aos trabalhos publicados, mantendo o autor, contudo, os direitos morais sobre os mesmos, a exemplo de sua identificação como autor sempre que houver publicação de seu texto. Também é possível, desde que formalmente solicitado pelo(s) autor(es), obter a autorização para publicar o trabalho em forma de capitulo de livro, somente exigindo-se que a publicação obedeça os dados iniciais de publicação no periódico. O(s) autor(es) podem, ainda, copiar e distribuir livremente seu texto em meio eletrônico, sendo vedada, no entanto, a revenda dos mesmos.