Graduada em Ciências Sociais na Universidade Federal de São Paulo, com pesquisa desenvolvida no tema da Antropologia da Religião, intitulada "Os trânsitos simbólicos entre as práticas de cura médicas e mediúnicas: uma etnografia das cirurgias espirituais", que analisou cirurgias do Espiritismo Kardecista levando em consideração a localização geográfica, o público e a situação econômica. Mestranda em Educação pela Universidade Federal de São Paulo, com o tema de pesquisa que investiga as relações de poder entre escolas e igrejas nas penitenciárias femininas do Estado de São Paulo. Linha de pesquisa em Desigualdade, Diferença e Inclusão e Antropologia da Religião. Compõe o grupo de pesquisa GRIITE (Grupo de Investigação e Invenção em Teorias Transversais para a Educação) do núcleo de Pós Graduação em Educação da Universidade Federal de São Paulo. É Diretora Pedagógica da ONG O Berço, uma iniciativa sem fins lucrativos que tem por objetivo acolher mães adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Tem interesse nos seguintes temas: eficácia simbólica, capital cultural, religiosidade, educação e desigualdade.
Este trabalho reflete sociologicamente sobre como professoras constroem estratégias pedagógicas de educação sexual por professoras nas escolas dentro de prisões masculinas. Pensa-se que as docentes propõem formas de lidar com o corpo feminino e contribuem para que os estudantes possam construir uma nova visão a respeito da sociedade, da sexualidade, da mulher. A base para esta investigação se constrói com Guacira Lopes Louro (1997), Michel Foucault (1999) e Angelina Peralva (2000), observações levantadas a partir da visita a uma penitenciária masculina situada na região metropolitana da capital paulista no ano de 2019, e conversas informais com as docentes e estudantes do local. Infere-se, portanto, que a educação é de fato um mecanismo fundamental de mudança e que a impossibilidade de acesso a ela é propositalmente pensada para que determinados grupos da sociedade não tenham consciência do abismo de desigualdade e violência que vivem.