
Resumo: O presente artigo trata sobre a posição desvantajosa da mulher negra ao ser a principal responsável pelo trabalho do cuidado não remunerado no âmbito familiar. Baseada em estudos feministas, defendo a ideia de que responsabilização desigual e consequentemente a sobrecarga de trabalho penaliza as mulheres negras ao criar um circuito de vulnerabilidade social, reduzindo as chances de alcançarem algum tipo de independência financeira. Foram aplicados questionários por meio de formulário digital e realizada entrevistas com um grupo de mães responsáveis pelas crianças do ensino fundamental de uma escola na zona leste de Juiz de Fora/MG. Através dos dados obtidos constato que é preciso ampliar o debate sobre os direitos democráticos e igualdade de oportunidades, buscando caminhos para a superação da extrema pobreza transpondo a responsabilização individual para um nível mais coletivo, compartilhando as necessidades do cuidado com instituições públicas de qualidade.
Palavras- Chave: mulheres negras; trabalho; cuidado.