Seriam os goblins, na verdade, humanos? Colonização, racismo e barbárie em Dragon’s Dogma

Autores

Resumo

Neste trabalho, analiso o jogo eletrônico Dragon’s Dogma, com ênfase no modo como ele constrói a representação de goblins em sua narrativa. Para tal, tomo a Psicanálise como um caminho metodológico possível para escutar os elementos da cultura presentes na obra. Entendo que a representação feita acerca dos goblins no jogo não é distante das representações racistas construídas contra povos historicamente identificados como bárbaros, bem como contra povos identificados como não-brancos durante a história da colonização. Assim, busco questionar os conceitos históricos de bárbaro e humano, e pensar possibilidades decoloniais e antirracistas na escrita de análises de produções da cultura, especificamente jogos eletrônicos. Saliento que o jogo aponta para uma marca racista da cultura que insiste em tornar presente elementos de um passado colonial violento. Finalmente, questiono a utilidade e os efeitos ético-políticos da pergunta por quem é humano e proponho pensar em possibilidades de responsabilização e reparação a partir do contato com a obra.

Palavras-Chave: Colonização; Jogos digitais; Barbárie; Racismo; Psicanálise.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Euge Helyantus Stumm, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Psicólogue. Mestrande no Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Downloads

Publicado

05-11-2021

Como Citar

STUMM, E. H. Seriam os goblins, na verdade, humanos? Colonização, racismo e barbárie em Dragon’s Dogma. Revista Contraponto, [S. l.], v. 8, n. 2, 2021. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/contraponto/article/view/117303. Acesso em: 2 maio. 2025.