O DISCURSO AMBIENTAL E A CRÍTICA À COLONIALIDADE NO REPERTÓRIO DO MST: REORIENTANDO O DEBATE DA EDUCAÇÃO DO CAMPO E DO DESENVOLVIMENTO RURAL
Abstract
O artigo é resultado de pesquisa em um assentamento rural da Amazônia, em particular, o assentamento Mártires de Abril/Pará. O estudo partiu de uma análise sobre a experiência da agroecologia no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) com foco nos temas da Educação do Campo e do Desenvolvimento Rural. As noções de Epistemologias do Sul, baseada em Boaventura de Sousa Santos, orientaram a perspectiva crítica de análise. Com foco numa abordagem qualitativa as estratégias metodológicas combinaram pesquisa bibliográfica e de campo, neste caso com ênfase em observação participante e entrevistas semiestruturadas envolvendo agricultores familiares, lideranças do setor de produção e educação. Como resultado foi possível identificar que o debate do desenvolvimento rural e da educação do campo é reorientado sob marcadores e perspectivas críticas de interpretação da realidade, em particular a amazônica, onde a questão ambiental e a crítica à colonialidade se somam como parte indissociável dessa reorientação no repertório 1 do movimento. Além disso, essa experiência vem contribuindo para a emergência de outras alternativas de sociabilidades e emancipação social nas lutas e resistência do movimento.
Palavras-chave: Educação do Campo; Desenvolvimento Rural; Agroecologia; Epistemologias do Sul.
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