DANÇAS DE UM TEMPO: PEDAGOGIAS DA AUSÊNCIA EM MEIO À PANDEMIA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22456/2236-3254.110540

Resumo

Este artigo apresenta um caminho de organização de processos artístico-pedagógicos em dança realizados durante a pandemia de Covid-19. Essa proposição surge a partir das trocas estabelecidas entre cinco artistas/educadoras da dança. A dança, em viés educacional, é uma área do conhecimento que se relaciona com as experiências corporais, artísticas e estéticas que, até a pandemia, eram realizadas prioritariamente de maneira presencial. Com o agravamento da situação sanitária, as práticas artístico-pedagógicas precisaram com emergência ser adaptadas ao ensino remoto. A partir desse cenário, este artigo se propõe a oferecer possibilidades de aprendizagem da dança em caráter remoto e apontar pistas sobre o retorno presencial. Na introdução apresentamos o contexto do ensino remoto emergencial em relação às práticas de dança. Em seguida apresentamos três aspectos relacionados a uma aprendizagem em dança: um tempo da escuta, uma poética da distância e uma permanência no presente. Na última parte tecemos sentidos sobre a presença da dança e suas contribuições neste processo de reformulação artístico-pedagógica que exigiu reinvenções de todas as partes envolvidas: crianças, educadores e famílias.

 

Palavras-chave

Dança. Arte. Educação. Pandemia. Distância.

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Biografia do Autor

Carolina Romano de Andrade, Universidade Federal do Rio Grande do Norte-UFRN

Artista da dança, pesquisadora e educadora, trabalha com dança para crianças há 20 anos e tem vasta experiência com formação de professores para a dança na educação básica. Bacharel, Licenciada em Dança e Mestre em Artes pela UNICAMP.  Doutora e Pós Doutora em Artes pela UNESP. Atualmente realiza seu 2º Pós- Doutoramento no PPGARC, UFRN, na área de currículo para o ensino de arte, é professora colaboradora do Mestrado Profissional (Stricto sensu) em Artes, PROF-ARTES, no Instituto de Artes-Unesp/SP. É autora, em conjunto com Kathya Godoy do livro É autora do livro “Dança com crianças: propostas, ensino e possibilidades”, editora Appris.

Renata Fernandes dos Santos, Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Artista da dança, educadora e pesquisadora formada em dança pela UNICAMP e mestre pelo Instituto de Artes da UNESP. Integrou o Grupo de Pesquisa Dança, Estética e Educação (UNESP-IA) coordenado pela Profa. Dra. Kathya Godoy. É coordenadora do Pé de Dança: Pedagogias da Dança e Antroposofia, sediado na Faculdade Rudolf Steiner, uma linha de pesquisa do grupo de estudos A proposta pedagógica de Rudolf Steiner: contribuições para a educação contemporânea, coordenado pelo Prof. Dr. Jonas Bach da Universidade Federal do Triângulo Mineiro. É fundadora da Micrantos Cia de Danças (2001-2009) e do Coletivo SIM de arte e educação (Prêmio Rumos Itaú Cultural - Educação, Cultura e Arte) e de Afetos - Dança Educação (2020).

Luiza Romani Ferreira Banov, Universidade de São Paulo

Artista da dança e pesquisadora. Doutora em Artes na ECA/USP, mestre emArtes, Bacharel e licenciada em dança pela UNICAMP. Aprofundou os estudosem dança moderna (Folkwang Tanzstudio, na Folkwang Universität derKünste, na Alemanha e Limón Foundation, EUA). É pré-treinadora emGYROTONIC® e GYROKINESIS®. Como trabalhos autorais estão Casulo deSeda (2007), Aos que aqui estiveram... (2011), SOPRO (2011, 2013 e 2015) eLabirintos Intermitentes (2017). Integrante do Laboratório de Pesquisa eEstudos em Tanz Theatralidades (LAPETT – ECA/USP) dirigido por Sayonara Pereira onde colabora como intérprete-criadora e pesquisadora. Autora dolivro: “Dança teatral: reflexões sobre a poética do movimento e seusentrelaces”, 2015 (Annablume). Idealizadora do Núcleo Dédalos de pesquisa de/em movimento, localizado na cidade de Piracicaba, e coordena a linha de pesquisa Pé de Dança: Pedagogias da Dança e Antroposofia, da Faculdade Rudolf Steiner.

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Publicado

2021-05-31

Como Citar

de Andrade, C. R., dos Santos, R. F., & Banov, L. R. F. (2021). DANÇAS DE UM TEMPO: PEDAGOGIAS DA AUSÊNCIA EM MEIO À PANDEMIA. Cena, (34), 73–82. https://doi.org/10.22456/2236-3254.110540