Estudos de Tradução: explorando uma perspectiva feminista da tradução
Resumo
Este trabalho apresenta a transformação dos Estudos de Tradução a partir da perspectiva dos Estudos de Gênero, dois campos de conhecimento multi e interdisciplinares. Em relação aos Estudos de Tradução, a virada cultural ocorrida nos anos 80 marca o momento em que a tradução é incluída no conjunto dos subsistemas culturais, com interesses competitivos e sujeitos às ideologias conjunturais predominantes (MOLINA MARTÍNEZ, 2006, p. 37). Paralelamente, no Canadá, se estabelece um campo de estudo particular, que vincula os desenvolvimentos transculturais e translinguísticos, emergidos dos movimentos feministas dos anos 70, à produção e recepção de textos, envolvendo a pesquisa em Tradução e Gênero. Nesse contexto, surge a noção de tradução no feminino ou reescrita no feminino, que se propõe a subverter a linguagem patriarcal e reivindicar, por sua vez, as ideias feministas (LOTBINIÈRE-HARWOOD, 1991). As estratégias discursivas e textuais utilizadas para resolver os problemas de tradução relacionados com o gênero (suplementação ou compensação, a metatextualidade, o sequestro e o pacto especular) costumam recorrer ao emprego de uma linguagem com alterações semânticas, neologismos ou inovações linguísticas, que visam questionar a língua atual e visibilizar a presença feminina (CASTRO VÁZQUEZ, 2008, p. 296-298). Neste trabalho, enfocamos na discussão e na exemplificação de tais estratégias.
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