Forma arquitetônica e usos do solo: um estudo sobre seus efeitos na ocorrência de crimes

Autores

  • Letícia Barause Universidade Federal de Santa Catarina
  • Renato Tibiriçá de Saboya Universidade Federal de Santa Catarina

Palavras-chave:

Usos comerciais, Diversidade de usos, Comércio no térreo, Ocorrência de crimes, Tipo arquitetônico

Resumo

Apesar de estudos empíricos já realizados sugerirem que os usos comerciais estão associados a maiores taxas de delitos, estes não levam em consideração especificidades da relação entre os usos não residenciais e sua inserção na edificação, tampouco diferenciam entre atividades de vizinhança imediata, do bairro ou da cidade como um todo. A partir disso, buscamos investigar se os estabelecimentos nãoresidenciais na área conurbada de Florianópolis (ACF) são atratores de criminalidade mesmo quando estão inseridos em edificações residenciais, bem como se há diferença nos efeitos de usos não residenciais de diferentes raios de abrangência. Extraímos uma amostra de 100 segmentos de ruas e comparamos suas características arquitetônicas e de uso do solo com as taxas de ocorrências criminais. Os resultados indicam que usos comerciais isolados na edificação estão relacionados a maiores taxas de crimes, enquanto edificações com usos comerciais e residenciais combinados se mostraram mais seguras. Ficou evidenciado também que usos não residenciais na escala da cidade são criminogênicos, o que não acontece com aqueles de bairro e de vizinhança, e que em áreas mais densas, onde hácerta verticalização, há menor taxa de crimes.

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Biografia do Autor

Letícia Barause, Universidade Federal de Santa Catarina

Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade do Sul de Santa Catarina (2013). Mestre em Arquitetura e Urbanismo pelo programa PósARQ da Universidade Federal de Santa Catarina (2017). Especialista em Master e Arquitetura e Iluminação pela instituição de ensino IPOG (2016). Integrante do Grupo de Pesquisa Urbanidades: Forma Urbana e Processos Socioespaciais. Atua como docente na Faculdade Cesusc mantida pelo Complexo de Ensino Superior de Santa Catarina no Curso de Tecnologia em Design de Interiores e na Faculdade de Tecnologia da Nova Palhoça (Fatenp) no Curso de Design de Interiores.

Renato Tibiriçá de Saboya, Universidade Federal de Santa Catarina

Professor Adjunto do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Santa Catarina e docente do quadro permanente do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo (PósARQ) da UFSC. Atualmente é coordenador do PósArq no biênio 2016-2017. Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela UFSC (1997), mestrado em Planejamento Urbano e Regional pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2001) e Doutorado em Engenharia Civil (Cadastro Técnico Multifinalitário e Gestão Territorial) pela UFSC (2007). Desenvolve pesquisa na área de Planejamento e Desenho Urbanos, com ênfase em análises morfológicas e configuracionais urbanas aplicadas ao planejamento e ao projeto urbanos. Membro do Conselho Editorial de diversos periódicos nacionais. É líder do Grupo de Pesquisa Urbanidades: Forma Urbana e Processos Socioespaciais. Como orientador de equipes de alunos de graduação, obteve premiação e/ou menção honrosa em concursos nacionais de projeto, dentre eles o 3º Prêmio (EX-AEQUO) do Concurso Internacional de Ideias para Estudantes de Arquitetura e Urbanismo, 9ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo e o 1º lugar para América Latina e Caribe no Urban Revitalization of Mass Housing - ONU-Habitat. É o criador e editor do Blog Urbanidades, que desde 2007 promove a disseminação de conhecimentos sobre Urbanismo, Desenho Urbano e Planejamento Urbano em linguagem didática e acessível, contando com cerca de 30.000 visitas por mês.

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Publicado

16.10.2018

Como Citar

BARAUSE, L.; SABOYA, R. T. de. Forma arquitetônica e usos do solo: um estudo sobre seus efeitos na ocorrência de crimes. Ambiente Construído, [S. l.], v. 18, n. 4, p. 427–444, 2018. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/ambienteconstruido/article/view/76742. Acesso em: 29 mar. 2024.