A resistência contradiscursiva queer: imagens de corpos dissidentes na arte contemporânea
DOI:
https://doi.org/10.22456/2179-8001.145482Palavras-chave:
teoria queer, arte contemporânea, fotografia, corpo, dispositivo de discurso.Resumo
Este artigo aborda a questão queer, através de suas aproximações com a
história da fotografia e com a arte contemporânea, especialmente aquela que se apoia
no signo fotográfico. A partir do conceito de dispositivo em autores como Michel
Foucault e Giorgio Agamben, e da noção de regimes de verdade, trazida por John
Tagg, a fotografia e a arte são pensadas como produtoras de contradiscursos que
ameaçam as performatividades do corpo historicamente construídas. A análise
propõe, ainda, uma reflexão sobre os retrocessos sofridos por artistas ou instituições
quando levantam publicamente a questão dos corpos e desejos dissidentes no Brasil
dos últimos anos.
Downloads
Referências
AGAMBEN, Giorgio. “O que é um dispositivo”, in: Outra travessia – Revista do
Programa de Pós-Graduação em Literatura da UFSC. Florianópolis, n 5, 2005.
AGUILAR, Nelson. “Bienal pode ficar mais perto do documental do que do artístico”.
In: Folha de S. Paulo, 16 de junho de 2014, p. E1.
AYÇAGUER, Miguel Rodríguez. Entre machos: fotografia y amistades viriles en
los siglos XIX y XX. Buenos Aires: Olmo Ediciones, 2012.
BENJAMIN, Walter. “A obra de arte na era da reprodutibilidade técnica”, in: WALTER
BENJAMIN – Magia, técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da
cultura. 5ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1993.
BHABHA, “Arte e iminência”, in. Catálogo trigésima Bienal de São Paulo: a
iminência das poéticas. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 2012.
____. O local da cultura. 2ª Ed. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2013.
BREA, José Luis (Ed.). Estudios visuales: la epistemología de la visualidad en la
era de la globalización. Madrid: Akal Ediciones, 2005.
BUTLER, Judith. Cuerpos que importan: sobre los limites materiales y discursos
del “sexo”. 2ª ed. Buenos Aires: Paidós, 2008.
Catálogo da 31ª Bienal de São Paulo. Como (...) coisas que não existem. São
Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 2014.
CRIMP, Douglas. Sobre as ruínas do museu. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
DEITCHER, David. Dear friends: american photographs of men together, 1840-
Nova York: La Martinière, 2001.
DIDI-HUBERMAN, Georges. “Devolver uma imagem”. In: ALLOA, Emmanuel (Editor).
Pensar la imagen. Santiago: Ediciones Metales Pesados, 2020.
DUARTE, Luísa. Arte censura liberdade: reflexões à luz do presente. Rio de
Janeiro: Cobogó, 2018.
FABRIS, Annateresa. “¿Otra historia del arte?” in; SANTOS, Alexandre (compilación).
Annateresa Fabris, Fotografía y artes visuales. México: Ediciones Ve S.A., 2017.
FOSTER, Hal. O retorno do real. São Paulo: Cosac Naify, 2014.
FOUCAULT, Michel. A história da sexualidade 1: a vontade de saber. Rio de
Janeiro: Edições Graal, 1988.
____. “La vida de los hombres infames”, in: SIGG, Paulo (Ed.). Micro-historias y
macro-mundos, Volumen 2. México: Instituto Nacional de Bellas Artes y Literatura,
a.
____. A ordem do discurso: aula inaugural no Collège de France pronunciada em
de dezembro de 1970. 20ª ed. São Paulo: Edições Loyola, 2010b.
FREUD, Sigmund. “O inquietante”, in: SIGMUND FREUD (1856-1939). Histórias de
uma neurose infantil: (“O homem dos lobos”): além do princípio do prazer e
outros textos (1917-1920). São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
FRIZOT, Michel (Ed.) Nouvelle histoire de la photographie. Paris: Larousse/VUEF,
____. “Fotografia: um destino cultural”. In: Santos, Alexandre e Carvalho, Ana Maria
Albani (Orgs.). Imagens: arte e cultura. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2012.
GREEN, David (Ed.). ¿Qué ha sido de la fotografía? Barcelona: Gustavo Gili, 2007.
GUASCH, Anna María. El arte último del siglo XX: del posminimalismo a lo
multicultural. Madrid: Alianza Editorial, 2000.
LOURO, Guacira Lopes. Um corpo estranho: ensaios sobre sexualidade e teoria
queer. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
LORD, Catherine. “Inside the body politic: 1980 – present”, in: LORD, Catherine &
MEYER, Richard (Orgs.). Art and queer culture. London/New York: Phaidon, 2013.
LUGON, Olivier. Le style documentaire: D´August Sander à Walker Evans, 1920-
Paris: Éditions Macula, 2017.
MEYER, Richard. Out law representation: censorship and homosexuality in
twentith-century american art. Boston: Beacon Press, 2002.
MITCHELL, W. J. T. “No existen medios visuales”, in: BREA, José Luis (Ed.). Estudios
visuales: la epistemología de la visualidad en la era de la globalización. Madrid:
Akal Ediciones, 2005.
NOVO MICHAELIS: Dicionário Ilustrado – Volume I. São Paulo: Melhoramentos,
PAIVA, Alessandra Simões. A virada decolonial na arte brasileira. Bauru, São
Paulo: Mireveja, 2022.
PELÚCIO, Larissa. “Traduções e torções ou o que se quer dizer quando dizemos
queer no Brasil?”, in: Revista Periódicus, 1ª edição, maio-outubro de 2014.
Disponível em www.portalseer.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/index, acesso em
outubro de 2020.
____.
“Histórias do cu do mundo: o que há de queer nas bordas?” in: HOLLANDA,
Heloísa Buarque de. Pensamento feminista hoje: sexualidades no sul global. Rio
de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020.
PEREIRA, Pedro Paulo Gomes. “Queer decolonial: quando as teorias viajam”, in:
Contemporânea – Revista de Sociologia da UFSCAR, v. 5, n. 2, Julho-Dezembro,
Disponível em
http://www.contemporanea.ufscar.br/index.php/contemporanea/article/view/340/,
acesso em outubro de 2020.
POIVERT, Michel. La photographie contemporaine. Paris: Flammarion, 2003.
PRECIADO, Beatriz. Manifiesto contrasexual. Barcelona: Editorial Anagrama, 2011.
PRECIADO, Paul B. Eu sou o monstro que vos fala – Relatório para uma
academia de psicanalistas. Rio de Janeiro: Zahar, 2022.
RAMIREZ, Heloísa Helena Aragão. “Sobre a metáfora paterna e a foraclusão do
nome-do-pai: uma introdução”, in: Mental, v.2, n.3, Barbacena, nov.2004.
Revista Cult – Dossiê Teoria Queer. São Paulo: Editora Bragantini, N. 193, Ano 17,
agosto de 2014.
ROUILLÉ, André. La photographie: entre document et art contemporain. Paris:
Éditions Gallimard, 2005.
SALIH, Sara. Judith Butler e a teoria queer. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2013.
SANTOSb, Alexandre. A fotografia como escrita pessoal: Alair Gomes e a
melancolia do corpo outro. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2018.
SCHENKEL, Camila Monteiro. Manter os olhos abertos diante do abismo: a
produção compartilhada de imagens fotográficas em coletivos de arte
contemporânea. Porto Alegre: PPGAV-IA/UFRGS, 2016 (tese de doutorado).
SELIGMANN-SILVA, Márcio. A virada testemunhal e decolonial do saber histórico.
Campinas: Editora da UNICAMP, 2022.
SONTAG, Susan. AIDS e suas metáforas. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
Tagg, John. El peso de la representación: ensaios sobre fotografias y historias.
Barcelona: Gustavo Gili, 2005.
TAMAGNE, Florence. Mauvais genre? Une histoire des représentations de
l´homosexualité. Paris: EdLM, 2001.
TIBURI, Marcia. “La Bête: a quem interessava transformar a performance em
escândalo?”, in: Revista Cult, 30 de outubro de 2019.
Arquivos adicionais
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Categorias
Licença
Copyright (c) 2025 Alexandre Santos

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado sob a Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional (CC BY-NC-SA 4.0).
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista, como publicar em repositório institucional, com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista, quando for o caso.
Os artigos são de acesso aberto e uso gratuito, com atribuições próprias em atividades educacionais, de pesquisa e não comerciais.