A fotografia como dispositivo para discutir identidades invisibilizadas: Rosana Paulino
DOI:
https://doi.org/10.22456/2179-8001.137038Palavras-chave:
Rosana Paulino, Fotografia, Identidades, Memória, Pertencimentos SociaisResumo
Se a memória é uma proteção contra o desaparecimento na concepção de Andreas Huyssen, debater sobre humanidades negadas é uma forma de fazer justiça social a quem tem seus direitos usurpados. Discutir sobre as ideologias de opressão configuradas pela invisibilidade histórica de mulheres negras e sobre como resistir a isso é um dos propósitos tratados nas obras da artista brasileira Rosana Paulino. Com trabalhos como Bastidores, A Parede da Memória, Assentamento, Geometria Brasileira chega ao Paraíso Tropical, Série Paraíso Tropical e História Natural, elaborados a partir de fotografias de corpos negros e da relação entre a arte, a ciência e a história da escravidão, Paulino luta contra os preconceitos, o poder e a coerção – elementos que marcaram o legado da escravidão. É preciso quebrar a violência de uma realidade excludente e desumanizada que, infelizmente, ainda se perpetua, e dar voz àquelas que continuam sendo silenciadas e têm seus pertencimentos sociais negados por parte da sociedade patriarcal, segundo alerta Djamila Ribeiro.
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