Línguas sem posse - em direção a um inconsciente menor institucional
DOI:
https://doi.org/10.22456/2179-8001.110374Palavras-chave:
análise institucional, inconsciente, instituições, estética, clínicaResumo
Como podemos pensar um insconsciente institucional, hoje?; e o que ele nos diz das práticas menores que uma instituição pode abarcar? Pensamos, com esse artigo, que o movimento de instituição e destituição a partir de um inconsciente menor institucional tem mais a ver com um procedimento de passagens, que modifica e arrasta a instituição em direção a um fora. A subjetividade é matéria, é agenciada nesse arrasto, e com os pés no chão, é possível produzir singularidades por contágio e vizinhança. Apontamos como uma saúde menor pode dar passagem a movimentos instituintes, como ela também elabora uma processualidade estética (reconceitualizando afetos na e da arte), e como se pode cartografar seus circuitos, que sempre escapam a intentos de representação.
Abstract
How can we think about an institutional unconscious today? And what does it tell us about the minor practices that an institution can embrace? The movement of institution and destitution from a institutional minor unconscious has more to do with a procedure of making-passage, which in itself modifies and drags the institution towards an outside. Subjectivity is matter, it is rearranged in this dragging out, and with your feet on the ground, it is possible to produce singularities through contagion and neighbouring. We point out how a minor health can give way to instituting movements, how it also elaborates a processual aesthetics (reconceptualizing affections in and of art), and how one can map out its circuits, which always escape the intent of representation
Downloads
Referências
DE BARROS, Regina Benevides. "Grupalizar é preciso". Em: Rede Humaniza SUS. 2014 Disponível em <https://redehumanizasus.net/87759-grupalizar-e-preciso/>
COBO–GUEVARA, Paula. “Hacia Una Clínica Extranjera.” Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2021. [tese de doutorado]
COBO-GUEVARA, Paula. "Hasta que valga la pena vivir". Em: Urucum, 27 de Outubro de 2019. Disponível em <https://urucum.milharal.org/2019/10/27/hasta-que-valga-la-pena-vivir/> Acesso em 10/03/2020.
DALLACOSTA, Maria Rosa. “Mulheres e a Subversão da Comunidade” (1971) Disponível em: <https://medium.com/qg-feminista/mulheres-e-a-subvers%C3%A3o-da-comunidade-de-mariarosa-dalla-costa-b7449ee52519> Acesso em 05/03/2020
DELEUZE, Gilles. "Instinto e Instituição", Em: Ilha deserta e outros textos. São Paulo: Editora Iluminuras, 2004.
DELEUZE, Gilles. Crítica y Clínica. Barcelona: Editorial Anagrama, 1996.
DELEUZE, Gilles; Guattari, Félix. Mil platos - capitalismo e esquizofrenia. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1995.
FLORES, Val. Una lengua cosida de relámpagos. Buenos Aires: Hekht, 2019
GUATTARI, Félix. Psicanálisis y Transversalidad. Buenos Aires: Siglo XXI, 1976
GUATTARI, Félix. “Transversalidade”. Em: Revolução Molecular. Pulsações Políticas do Desejo. São Paulo: Brasiliense, 1981.
GUATTARI, Félix. O Insconsciente Maquínico. Campinas: Papirus Editora, 1988.
GUATTARI, Félix. Caosmose. Um novo paradigma estético. São Paulo: Editora 34, 2008.
GALLIO, Giovanna; Constantino, Maurizio. "François Tosquelles e a Escola da Liberdade". Em: Saúde & Loucura, no. 4 (Grupos e coletivos). Gregório Baremblitt e Antonio Lancetti (org.) São Paulo: Editora Hucitec, 1994 (p. 85-128).
MASSUMI, Brian. O que os animais nos ensinam sobre política. São Paulo: Editora n-1, 2017.
NIETZSCHE, Friedrich. “Asi Habló Zaratustra.” Madrid: Alianza Editorial, 1972.
O'SULLIVAN, Simon. "The Ethicoaesthetics of Affect and the Bloc of Sensations Reaffirming the Specificity of Art (Against Representation)" Em: Art Encounters: Deleuze & Guattari. Hampshire, New York: Palgrave MacMilan, 2006.
OURY, Jean. O Coletivo. São Paulo: Editora Hucitec, 2009.
OURY, Jean; Porto, M.; Almeida, A. C. M. ; Breyton, D.; De Cardoso, M.; Hotimsky, S.; Markusszower, S.; "Jean Oury - Quando a neutralidade é uma doença." Em: Revista Percurso - O bem- e o mal-estar, no. 44, ano XXIII, Junho de 2010. Disponível em <http://revistapercurso.uol.com.br/index.php?apg=artigo_view&ida=111&ori=entrev>
PASSOS, E., Kastrup, V., e Escossia, L; (org), Pistas para o método da cartografia. Porto Alegre: Sulina, 2009.
PASSOS. E, de Barros, Regina B. "A cartografia como método de pesquisa-intervenção" Em: Passos, E., Kastrup, V., e Escossia, L, 2009. (p. 17-31)
PAULON, Simone. A análise de implicação com ferramenta na pesquisa-intervenção. Psicol. Soc. [online]. 2005, vol.17, n.3, pp.18-25. ISSN 1807-0310. https://doi.org/10.1590/S0102-71822005000300003.
PÁL PELBART, Peter. Da Clausura Do Fora Ao Fora Da Clausura Loucura e Desrazão. Primeira edição. São Paulo: editora brasiliense, 1989.
PÁL PELBART, Peter. A Vertigem Por Um Fio: Políticas Da Subjetividade Contemporânea. São Paulo: Iluminuras, 2018.
PÁL PELBART, Peter. "Notas sobre o contemporâneo" Em: Revista Mesa/ Instituto Mesa. Disponível em Acesso em 20/11/2019
RIBAS, Cristina T. “Rimana..., ritmanali..., ritmanalizações vo-ca-bu-lo-políticas”. Em: Revista Arte Contexto (Verbetes da Arte), V.6, Nº15, MAR., ANO 2019. Disponível em
<http://artcontexto.com.br/portfolio/ritmana-ritmanali-cristina-thorstenberg-ribas/>
RODRIGUES, H., Leitão, M. B. e de Barros, R. D. B., Grupos e Instituições em Análise. Rio de Janeiro: Editora Rosa dos Tempos, 1992.
ROLNIK, Suely. "Lygia Clark e o híbrido arte/clínica" Em: Concinnitas. Revista do Instituto de Artes da UERJ. v. 1, n. 26 (2015). Disponível em
<https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/concinnitas/article/view/20104/14402>
RUIZ, Valéria Salek; Athayde, Vladimir; Ribeiro, Mariska; Nogueira Filho, Irapoan; Zambroni-de-Souza, Paulo César; e Athayde, Milton. "François Tosquelles, sua história no campo da Reforma Psiquiátrica / Desinstitucionalização e suas pistas para uma abordagem clínica do trabalho centrada na atividade". Em: Estudos e Pesquisas em Psicologia. Rio de Janeiro v. 13n. 3p. 855-877, 2013.
SCHIAVON, João Perci. Pragmatismo Pulsional, Clínica Psicanalítica. São Paulo: n-1 Edições, 2019.
SAMSONOW, Elisabeth von. Anti-Electra, The Radical Totem of the Girl. Minneapolis/London: University of Minnesota Press, 2019.
STENGERS, Isabelle. LEMBRA-TE DE QUE SOU MEDÉIA Medea Nunc Sum. Pazulin, 2000.
VERCAUTEN, Oliver; Crabbé, Olivier & Muller, Thierry. Micropolítica de los grupos. Madrid: Traficantes de Sueños, 2010.
WINNICOTT, Donald. O Brincar e a Realidade. São Paulo: Ubu Editora, 2019.
Arquivos adicionais
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado sob a Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional (CC BY-NC-SA 4.0).
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista, como publicar em repositório institucional, com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista, quando for o caso.
Os artigos são de acesso aberto e uso gratuito, com atribuições próprias em atividades educacionais, de pesquisa e não comerciais.