Do moderno ao contemporâneo, o boi insiste em manter-se personagem da obra de arte sul-mato-grossense

Autores

  • Marcos Antônio Bessa-Oliveira Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus Campo Grande, Campo Grande, MS
  • Edgar Cézar Nolasco Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus Campo Grande, Campo Grande, MS

DOI:

https://doi.org/10.22456/2179-8001.62311

Palavras-chave:

Mato Grosso do Sul. Cultura local. Bovinocultura. Humberto Espíndola. Artes plásticas. Contemporaneidade.

Resumo

O estado de Mato Grosso do Sul, Brasil, foi instituído geográfico e politicamente a partir da divisão do estado de Mato Grosso em 1977. O novo estado assumiu o título de maior produtor de gado leiteiro e de corte da América Latina. De lá para cá, várias temáticas artísticas foram abordadas pela produção de arte local, como se fez em toda a América Latina: as produções artístico-culturais voltam os olhares para os seus interiores culturais. Do período da divisão dos estados, prevaleceu-se, corriqueiramente, como temática mais expressiva das produções em artes, a bovinocultura. Os bois são conservados nessa produção, amparados tanto pelo poder público quanto pela crítica especializada cooptada por este poder, que mantêm ressonâncias na produção artística sul-mato-grossense. Chifres, couros, iconografias, marcas a ferro quente permeiam as obras realizadas por artistas nascidos e radicados no estado. Este artigo visa a investigar criticamente a recorrência na produção artística entre os anos de 1977 até 2010, intervalo que caracteriza o estado de Mato Grosso do Sul como uma entidade artístico-cultural particular integrante do conjunto nacional, rastreando a forma como a “paisagem” pantaneira do boi ainda vem se mantendo como “relevo artístico” para representar o estado. Valendo-nos dos conceitos de Belo de Charles Baudelaire, bem como do Ensaio como forma de Theodor W. Adorno, entre outros, o trabalho procurará dissertar sobre a atual situação artística do Mato Grosso do Sul (pós-divisão). Ou seja, o porquê da insistência do boi nas artes plásticas do estado.

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Biografia do Autor

Marcos Antônio Bessa-Oliveira, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus Campo Grande, Campo Grande, MS

Doutorando em Artes Visuais na Universidade de Campinas (Unicamp). Mestrado em Estudos de Linguagens e licenciatura em Artes Visuais pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS, 2010). Pesquisa a pintura de Mato Grosso do Sul a partir das teorias da crítica biográfica e pós-colonial latino-americana.

Edgar Cézar Nolasco, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus Campo Grande, Campo Grande, MS

Professor da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS). Mestre em Teoria da Literatura e doutor em Literatura Comparada e pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG, 1997 e 2003). Pós-Doutorado em Estudos Culturais no Programa Avançado de Cultura Contemporânea da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PACC/UFRJ).

Arquivos adicionais

Publicado

2016-05-01

Como Citar

Bessa-Oliveira, M. A., & Nolasco, E. C. (2016). Do moderno ao contemporâneo, o boi insiste em manter-se personagem da obra de arte sul-mato-grossense. PORTO ARTE: Revista De Artes Visuais (Qualis A2), 20(34). https://doi.org/10.22456/2179-8001.62311