A influência da vulnerabilidade climática no comportamento de países do G20 em relação ao Acordo de Paris
DOI:
https://doi.org/10.22456/2178-8839.129165Palavras-chave:
Vulnerabilidade climática, G20, NDCResumo
Os estudos sobre a relação entre vulnerabilidade climática e o comportamento dos Estados no âmbito internacional têm se ampliado. Em se tratando dos principais atores do Regime Internacional de Mudança do Clima (RIMC), destacam-se os países do G20, maiores economias mundiais e responsáveis por cerca de 80% das emissões atuais de GEE. Neste artigo, o questionamento orientador indaga qual a influência da vulnerabilidade climática dos países do G20 quanto ao comportamento em relação ao Acordo de Paris? Por meio de uma revisão de literatura e análise das NDCs, relacionou-se estas informações com dados sobre a vulnerabilidade climática de quatro países conforme o Índice de Adaptação Global da Universidade de Notre Dame (ND-Gain). Constatou-se que o Reino Unido e a Alemanha, países menos vulneráveis, sofreram com o aumento de vulnerabilidade em áreas como Alimento, Saúde, possivelmente devido ao aumento da temperatura e falta de planos adaptativos. Quanto aos dois países mais vulneráveis, Índia e Indonésia, mesmo mais necessitados do RIMC quanto ao financiamento, possuem programas adaptativos mais eficientes.
Downloads
Referências
ADGER, W. Neil. Vulnerability. Global Environmental Change, v. 16, p. 268-281, 2006. Disponível em: https://www-sciencedirect.ez93.periodicos.capes.gov.br/science/article/pii/S0959378006000422?via%3Dihub .
BCB - Banco Central do Brasil. Grupo dos 20. s/d. Disponível em: https://www.bcb.gov.br/rex/g20/port/mencaog20.asp?frame=1#:~:text=O%20Grupo%20conta%20com%20a,Reino%20Unido%2C%20R%C3%BAssia%20e%20Turquia. Acesso em: 25 dez. 2022.
CHEN, C.; I Noble; J. Hellmann; J. Coffee. M. Murillo; N. Chawla. Country Index Technical Report. University of Notre Dame, 2015. Disponível em: https://gain.nd.edu/assets/254377/nd_gain_technical_document_2015.pdf . Acesso em: 5 jul. 2022.
CLIMATE WATCH. About. 2019. Disponível em: https://www.climatewatchdata.org/about. Acesso em: 29 jul. 2019.
ELZEN, M. et al. Are the G20 economies making enough progress to meet their NDC targers? Elsevier, Energy Policy. 2019. Disponível em: https://newclimate.org/wp-content/uploads/2018/12/den-Elzen-et-al-2019-Are-the-G20-economies-making-enough-progress-to-meet-their-NDC-targets.pdf . Acesso em: 31 jul. 2019.
G20. G20 Members. 2015. Disponível em: http://g20.org.tr/about-g20/. Acesso em: 30 jul. 2019.
IWAMA, A.Y. et. al. Risk, vulnerability and adaptation to climate change: an interdisciplinar approach. Ambiente e Sociedade, v.19, n.2, 2016.
KEOHANE, R. O. After hegemony: cooperation and discord in the world political economy. Princeton: Princeton University, 1984
KEOHANE, R. O. The Demand for International Regimes. International Organization, International Regimes, v.36, n.2, 1982.
KRASNER, S. D. Causas estruturais e consequências dos regimes internacionais: regimes como variáveis intervenientes. Rev. Sociol. Polít., Curitiba, v. 20, n. 42, 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rsocp/v20n42/08.pdf. Acesso em: 23 jul. 2019.
MILLER, F. H. et al. Resilience and vulnerability: complementary or conflicting concepts? Ecology and Society, v.15, n.3, 2010.
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE/ACORDO DE PARIS. Acordo de Paris. 2019. Disponível em: http://www.mma.gov.br/clima/convencao-das-nacoes-unidas/acordo-de-paris.html. Acesso em: 23 jul. 2019.
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE/COMPROMISSOS. Compromissos Estabelecidos na Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). 2019. Disponível em: http://www.mma.gov.br/component/k2/item/15142-contribui%C3%A7%C3%B5es-para-o-documento-base.html. Acesso em: 23 jul. 2019.
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE/UNFCCC. Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). 2019. Disponível em: http://www.mma.gov.br/clima/convencao-das-nacoes-unidas. Acesso em: 23 jul. 2019.
NAÇÕES UNIDAS. Acordo de Paris, Convenção Quadro sobre Mudança do Clima. 2015. Disponível em: https://nacoesunidas.org/wp-content/uploads/2016/04/Acordo-de-Paris.pdf. Acesso em: 23 jul. 2019.
STRAND, J. Unconditional and conditional NDCs under the Paris Agreement: Interpretations and their relations to policy instruments. Department of Economics, University of Oslo. 2017. Disponível em: https://www.cree.uio.no/publications/CREE_working_papers/pdf_2017/strand_carbon_pricing_cree_wp09_2017.pdf. Acesso em: 31 jul. 2019.
UNDERDAL, A. Complexity and challenges of longterm environmental governance. Global Environmental Change, v. 20, 2010.
UNFCCC. Nationally Determined Contributions (NDCs). 2019. Disponível em: https://unfccc.int/process-and-meetings/the-paris-agreement/nationally-determined-contributions-ndcs. Acesso em: 29 jul. 2019.
UNFCCC/STRATEGIES. Communication of long-term strategies. 2019. Disponível em: https://unfccc.int/process/the-paris-agreement/long-term-strategies. Acesso em: 31 jul. 2019.
UNITED NATIONS. United Nations Framework Convention On Climate Change. 1992. Disponível em: https://unfccc.int/sites/default/files/conveng.pdf. Acesso em: 31 jul. 2019.
VIOLA, E. O regime internacional de mudança climática e o Brasil. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 17, n. 50, 2002. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbcsoc/v17n50/a03v1750.pdf. Acesso em: 23 jul. 2019.
YOUNG, O.R. Effectiveness of Internacional Environmental Regimes: existing knowledge, cutting-edge themes, and research strategies. PNAS, v.108, n.50, 2011.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Victor Nascimento, Carolinna Maria

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores(as) mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Internacional Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0, que permite seu uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, bem como sua transformação e criações a partir dele, desde que o(a) autor(a) e a fonte originais sejam creditados. Ainda, o material não pode ser usado para fins comerciais, e no caso de ser transformado, ou servir de base para outras criações, estas devem ser distribuídas sob a mesma licença que o original.
b. Autores(as) têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores(as) têm permissão para publicar, nos repositórios considerados pela Conjuntura Austral, a versão preprint dos manuscritos submetidos à revista a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
d. Autores(as) têm permissão e são incentivados(as) a publicar e distribuir online (em repositórios institucionais e/ou temáticos, em suas páginas pessoais, em redes ou mídias sociais, etc.) a versão posprint dos manuscritos (aceitos e publicados), sem qualquer período de embargo.
e. A Conjuntura Austral: journal of the Global South, imbuída do espírito de garantir a proteção da produção acadêmica e científica regional em Acesso Aberto, é signatária da Declaração do México sobre o uso da licença Creative Commons BY-NC-SA para garantir a proteção da produção acadêmica e científica em acesso aberto.