O jogo como recurso salutogênico

uma análise do filme “A vida é bela”

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22456/2595-4377.134153

Palavras-chave:

Educação Física Escolar, Saúde, Promoção da Saúde, Salutogênese, Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação

Resumo

Trata-se de um ensaio cujo objetivo é refletir sobre o jogo como um recurso de saúde a partir da reflexão sobre o filme “A vida é bela”, de Roberto Benigni. Inicialmente, observa-se as características do jogo em Huizinga. Após, apresenta-se a teoria da salutogênese, principalmente os conceitos de recurso de saúde e de senso de coerência (constituído pelos pilares da significância, compreensibilidade e capacidade de gerenciamento). A reflexão do filme é feita a partir de algumas películas capturadas em imagens, levando-se em consideração as teorias mencionadas, demonstrando como o jogo pode se tornar um recurso de saúde e fomentar o fortalecimento do senso de coerência. Por fim, alça-se a reflexão do jogo como recurso salutogênico para uma vida não fascista e a necessidade de uma mediação pedagógica da Educação Física escolar relacionada à educação para a saúde que leve os alunos ao empoderamento para a justiça social e a celebração das diferentes vidas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Victor José Machado de Oliveira, Universidade Federal do Amazonas

Licenciado em Educação Física pela Faculdade Católica Salesiana do Espírito Santo (2011). Doutor e Mestre em Educação Física pelo Programa de Pós-Graduação em Educação Física do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo (2018; 2014). Professor da Faculdade de Educação Física e Fisioterapia da Universidade Federal do Amazonas. Professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) e Programa de Pós-Graduação em Educação Física (PROEF) da UFAM.

Referências

ALMEIDA, Felipe Quintão. A saúde como afirmação das vidas na Educação Física escolar. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Brasília, v. 44, e002722, 2022.

ANTONOVSKY, Aaron. Health, stress and coping: new perspectives on mental and physical well-being. San Francisco: Josey-Bass Publishers, 1979.

ANTONOVSKY, Aaron. The salutogenic model as a theory to guide health promotion. Health Promotion International, London, v. 11, n. 1, p. 11-18, 1996.

ANTONOVSKY, Aaron. Unraveling the mystery of health: how people manage stress and stay well. San Francisco: Josey-Bass Publishers, 1987.

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade e ambivalência. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1999.

BRASIL. Instrutivo PSE. Brasília: Ministério da Saúde, 2011.

BRASIL. Guia de Atividade Física para a População Brasileira. Brasília: Ministério da Saúde, 2021.

DAOLIO, Jocimar. Educação Física e o conceito de cultura. Campinas: Autores Associados, 2004.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 65. ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Paz e Terra, 2018.

HASKINS, Casey. Art, Morality, and the Holocaust: The Aesthetic Riddle of Benigni's Life Is Beautiful. The Journal of Aesthetics and Art Criticism, [S.l.], v. 59, n. 4, p. 373-384, 2001.

HUIZINGA, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. São Paulo: Perspectiva, 2007.

KIRK, David. Precarity, the health and wellbeing of children and young people, and pedagogies of affect in physical education-as-health promotion. Education & Didactique, [S.l.], v. 15, n. 3, p. 165-178, 2021.

KOTTMANN, Lutz; KÜPPER, Doris; PACK, Rolf-Peter. Bewegungsfreudige Schule: Schulentwicklung bewegt gestalten – Grundlagen, Anregungen, Hilfen. Gütersloh: Bertelsmann Stiftung Bewegungsfreudige Schule, 2005.

LAZARETTI, Lucinéia Maria. Idade pré-escolar (3-6 anos) e a educação infantil: a brincadeira de papéis sociais e o ensino sistematizado. In: MARTINS, Lígia Márcia; ABRANTES, Angelo Antonio; FACCI, Marilda Gonçalves Dias (Org.). Periodização histórico-cultural do desenvolvimento psíquico: do nascimento à velhice. Campinas: Autores Associados, 2016.

MCCUAIG, Louise; QUENNERSTEDT, Mikael. Health by stealth – exploring the sociocultural dimensions of salutogenesis for sport, health and physical education research. Sport, Education and Society, [S.l.], p. 111-122, 2016.

NÓBREGA, Terezinha Petrucia. Qual o lugar do corpo na educação? Notas sobre conhecimento, processos cognitivos e currículo. Educação e Sociedade, Campinas, v. 26, n. 91, p. 599-615, mai./ago. 2005.

OLIVEIRA, Victor José Machado. Educação Física para a saúde: uma aposta em (form)ação. 2. ed. Curitiba: CRV, 2023.

PALMA, Alexandre et al. Educação Física e saúde em tempos de pandemias. In: VAGO, Tarcísio Mauro; LARA, Larissa Michelle; MOLINA NETO, Vicente (org.). Educação Física e Ciências do esporte no tempo presente: desmonte dos processos democráticos, desvalorização da ciência, da educação e ações em defesa da vida. Maringá: Eduem, 2021.

PNUD. Relatório de Desenvolvimento Humano Nacional - Movimento é Vida: Atividades Físicas e Esportivas para Todas as Pessoas: 2017. Brasília: PNUD, 2017.

QUENNERSTEDT, Mikael. Healthying physical education - on the possibility of learning health. Physical Education and Sport Pedagogy, [S.l.], v. 24, n. 1, p. 1-15, 2019.

SAMPAIO, Joslan Santos. A vida é bela, de Roberto Benigni: os fios da memória no novelo de uma vida. 2019. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Memória: Linguagem e Sociedade – PPGMLS, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Vitória da Conquista, 2019.

Downloads

Publicado

09-11-2023

Como Citar

OLIVEIRA, Victor José Machado de. O jogo como recurso salutogênico: uma análise do filme “A vida é bela”. Cadernos do Aplicação, Porto Alegre, v. 36, 2023. DOI: 10.22456/2595-4377.134153. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/CadernosdoAplicacao/article/view/134153. Acesso em: 11 ago. 2025.

Edição

Seção

Temática Especial 3