Fighting games e o pânico moral
uma experiência com a educação física escolar
DOI:
https://doi.org/10.22456/2595-4377.133520Palavras-chave:
Educação Física; jogos Eletrônicos; Pânico MoralResumo
Fighting Games é um gênero para Jogos Eletrônicos de Luta que se tornou popular em 1991 com Street Fighter II, produzido por Yoshiki Okamoto. Foi sucesso em todo mundo e criou uma cultura em torno dos jogos de luta, principalmente, com a criação da EVO (Evolution Championship Series), em 1996. Contudo, diversas acusações moralistas de que esses jogos possuem relação de causa e efeito entre violência e videogame foram pauta na mídia em alguns países, chegando ao Senado Americano, quando os senadores Joe Lieberman e Herb Kohl davam início a uma investigação com o objetivo de criminalizar os games. Na legislação brasileira também buscou culpar os games com conteúdo violento diante da tragédia, realizada por Mateus Costa da Meira, no cinema do Morumbi Shopping. Portanto, esse texto traz aspectos epistemológicos e metodológicos de uma experiência que buscou promover a experimentação e fruição dos Jogos de Luta e um debate, por meio de um júri simulado, sobre a possível relação entre jogos de luta e comportamentos violentos. A proposta aconteceu na disciplina de Educação Física com o eixo temático Jogos Eletrônicos. Os resultados apontam que a violência não está somente nos jogos, mas é fruto de toda uma sociedade.
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