Corpos interditos
maternidade e objetificação do corpo negro feminino, sob o olhar da Antropologia e Literatura
DOI:
https://doi.org/10.22456/2595-4377.131272Resumo
Ao longo dos anos, foram criadas na literatura diversas personagens baseadas nos estereótipos de raça, que estão presentes desde o desenvolvimento do ideário nacional brasileiro. Sendo as artes um fator essencial para a persistência de discursos, elas tornam-se um rico objeto de estudo para se compreenderem as estruturas dos estereótipos raciais no Brasil. No seguinte artigo, trataremos essencialmente sobre a representação da maternidade e do aspecto sexual das personagens femininas negras, justamente por serem elas intrinsecamente ligadas a um processo de sexualização - no caso da figura da mulata - ou às características maternas - no caso da mãe preta. Ao colocar as obras de autores brancos lado a lado com as de autores negros, percebe-se como as personagens se tornam mais complexas da experiência negra. Assim, é possível reconhecer a literatura afro-brasileira não apenas pela qualidade estética, mas também pelo seu potencial como contraponto aos estereótipos e discursos raciais tão fundamentais ao nosso Estado Nacional, e que se mostra como fator restritivo à subjetividade das experiências negras e como arma para a permanência de um discurso colonial homogêneo que auxilia a sustentação de práticas racistas.
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