Chamada para submissão - Dossiês Temáticos 2 e 3 - 2024

22-04-2024

A Comissão Editorial da Revista Cadernos do Aplicação (UFRGS) informa que está recebendo trabalhos para a Edição de 2024. O prazo para submissão de artigos vai até 31 de agosto de 2024. Para este número, teremos 2 temáticas especiais: “Currículo e ludicidade na escola” e “ Educação Antirracista e Futebol”. Além de trabalhos referentes ao assunto das temáticas especiais, as outras seções estão abertas para quaisquer assuntos relacionados à pesquisa e aos relatos de experiências em Educação Básica. A seção Cadernos dos Alunos recebe textos escritos por alunos da Educação Básica, como ensaios, reflexões e seus trabalhos de pesquisa em iniciação científica.

As temáticas especiais estão divididas em duas seções da revista: Temática Especial 2 e Temática Especial 3. 

Temática Especial 2: Currículo e ludicidade na escola

Este dossiê tem como objetivo reunir estudos acadêmicos, pesquisas e relatos de práticas pedagógicas que interseccionem o currículo e a ludicidade, suscitando reflexões e problematizações a respeito da docência e das infâncias nos espaços escolares. O tema do dossiê foi elegido tanto por sua relevância quanto porque suas organizadoras atuam em projetos, vinculados à temática em suas instituições UFRGS e IFRS, e que movimentam suas práticas pedagógicas centradas na ludicidade, a saber: Oficina de Equipe Unialfas, completando 20 anos de existência. Programa de Extensão Universitária "Quem quer brincar?" com 25 anos de atuação celebradas também em 2024 e Laboratório Pedagógico de Experiências Educativas (Labped). Entendemos o currículo como um artefato e, como tal, é uma construção histórica de saberes e de culturas. Currículo é também um território em disputa e, inevitavelmente, abarca as dimensões de ensino e de aprendizagem nas escolas. Distante de ser simplesmente uma lista de conteúdos ou de habilidades, o currículo integra conteúdos e práticas de ensino e aprendizagem para constituir o sujeito em seus diferentes processos, sejam nas esferas cognitiva e/ou sociocultural. As práticas de uma cultura são trazidas para a escola por meio do currículo: ações que articulam os conteúdos com metodologias educacionais, operacionalizadas em atividades propostas pelas/os professoras/es, com vistas a alcançar a aprendizagem de determinados conhecimentos, valores e comportamentos. Nesta perspectiva, a brincadeira é uma prática histórica e cultural e é amplamente defendida como um direito de aprendizagem nos documentos oficiais desde os Parâmetros Curriculares Nacionais, as Diretrizes Curriculares Nacionais até a Base Nacional Comum Curricular. Neste sentido, lançamos para este dossiê uma provocação: na educação básica, como são as práticas pedagógicas nas quais a brincadeira se faz presente? De que modo a ludicidade aparece na sala de aula? Se tomamos como pressuposto que as crianças, através da brincadeira, podem reelaborar situações, enfrentar desafios, resolver conflitos, desenvolver habilidades de raciocínio, criatividade e desenvolver hipóteses, assim como aprender os conteúdos escolares, precisamos, portanto, ressignificar urgentemente os espaços, as propostas e o currículo para que as crianças possam brincar, explorar, correr, descobrir e aprender, tendo a ludicidade como premissa no cotidiano da escolarização. Deste modo, o dossiê "Currículo e Ludicidade na Escola" volta-se, então, às(aos) profissionais da educação e pesquisadoras(es) que desenvolvem práticas pedagógicas e pesquisas que versem sobre as relações existentes especificamente entre currículo, ludicidade e educação básica. A revista Cadernos do Aplicação aceita contribuições nas seções Artigos, Ensaios, Relatos de Experiência, Revisões de Literatura e Resenhas.

Organizadoras: Profª. Me. Luciane Andréia Ribeiro Leite (CAp/UFRGS), Profª Drª Mariana Venafre Pereira de Souza (CAp/UFRGS), Profª Drª Marília Forgearini Nunes (FACED/UFRGS), Profª Drª Renata Sperrhake (FACED/UFRGS), Profª Drª Samantha Dias de Lima (IFRS/ Campus Farroupilha)

 

Temática Especial 3: Educação antirracista e futebol

Em 2023, em uma iniciativa inédita, inicia-se no Brasil o INCT – Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Estudos de Futebol Brasileiro, aprovado pela Chamada n° 58/2022 (Programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia), tendo como objetivo principal ser um suporte para uma rede nacional interdisciplinar de pesquisadores e estudiosos do futebol brasileiro. O futebol, enquanto manifestação corporal e cultural brasileira, passa a ser valorizado sob o viés interdisciplinar das Humanidades, procurando compreendê-lo nas suas redes de significação, analisando suas configurações em seus múltiplos cenários (esportivo em si, mas também político, econômico, midiático, educacional e cultural, por exemplo). Constata-se que a partir do esporte, enquanto um campo específico, mas, mais particularmente, no universo do futebol, temos um importante veículo que reflete modos de pensar e agir, formas comportamentais que explicitam ideologias das mais diversas, seja em relação à raça/etnia, gênero, classes sociais etc. Neste dossiê, estimulamos a produção e veiculação de pesquisas empíricas, teóricas e documentais, mas também de ensaios, relatos de experiências e resenhas, que tenham como foco a discussão sobre Educação antirracista e futebol, em perspectivas interdisciplinares, cujo foco se direciona às discussões e possibilidades na educação básica, tendo em vista as implicações dessas discussões em contextos escolares/formativos, nos seus vários componentes curriculares. Para a composição do Dossiê, serão recebidos artigos frutos de investigações científicas originais e inéditos, resultantes de atividades que envolvem ensino, extensão e pesquisa que envolvam processos referentes à Educação Básica ou que se relacionem com a Educação de uma forma geral, contribuindo tanto ao campo acadêmico como também ao campo escolar (artigos empíricos, artigos de revisão, ensaios, relatos de experiência e resenhas).

Organizadores: Prof. Dr. Cristiano Mezzaroba (UFS), Prof. Dr. Daniel Giordani Vasques (UFRGS), Prof. Dr. Silvio Ricardo da Silva (UFMG), Prof. Dr. Antonio Jorge Soares (UFRJ)