Percursos do marxismo weberiano: das primeiras formulações à sua fortuna crítica na sociologia brasileira
Resumo
Este artigo tem como objetivo elencar alguns momentos de uma longa tradição intelectual que buscou aproximar os legados teóricos de Karl Marx e Max Weber e que ficou conhecida como marxismo weberiano. Em um primeiro momento, iremos nos debruçar sobre as impressões de Weber a respeito da obra marxiana, nas quais o autor esboça como sua teoria não pretende ser uma alternativa excludente ao materialismo histórico de Marx. Depois, iremos ressaltar a importância de Georg Lukács na inovadora convergência que empreendeu entre o conceito weberiano de racionalização e a ideia marxiana do fetichismo da mercadoria. Por fim, iremos nos concentrar em exemplos desse uso profícuo e conjugado de Marx e Weber na sociologia brasileira, a partir de obras de Florestan Fernandes, Fernando Henrique Cardoso e Maurício Tragtenberg. A partir do recorte analisado, concluímos que essa corrente teórica só pode ser descrita como marxista- weberiana em um sentido muito específico, a saber, enquanto uma tradição bastante plural de pensadores eminentemente marxistas que recorriam ao legado weberiano como um momento do autoesclarecimento da ideologia burguesa. Dessa forma, tais pensadores avançavam em suas próprias interpretações materialistas e dialéticas da sociedade moderna.
Palavras-Chave: Marxismo weberiano; Karl Marx; Max Weber; Sociologia brasileira.
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