Disputas pelo contexto na história das ideias: Quentin Skinner e o “contextualismo sociológico de vertente marxista”
Resumo
Esse trabalho teórico e de revisão bibliográfica objetiva compreender a crítica de Quentin Skinner ao uso da epistemologia marxista no estudo da história das ideias. Para isso, realiza uma análise dos principais fundamentos filosóficos de Skinner - a filosofia da história neoidealista de Collingwood e a filosofia da linguagem pragmática de Wittgenstein e de Austin - e das categorias e noções básicas da concepção materialista histórica. A análise aponta que a divergência fundamental está localizada no contexto dos amplos questionamentos realizados pela virada interpretativa aos pressupostos da filosofia ocidental, na crítica à explicação causal como técnica esgotadora da compreensão histórica e na realocação do interesse historiográfico para a intencionalidade dos agentes, na qual reside a centralidade dos jogos de linguagem e da dimensão ilocucionária dos atos de fala e o contexto linguístico triunfa como objeto sobre o contexto social/material e sobre as suas relações causais com o texto.
Palavras-chave: história das ideias; contextualismo linguístico; Karl Marx; Quentin Skinner.
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