TEMPO, RESISTÊNCIA E CONSENTIMENTO NA REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA DO TRABALHO BANCÁRIO
Palavras-chave:
tempo, resistência, consentimento, reestruturação do trabalho, trabalho bancárioResumo
O presente artigo resulta de um estudo de caso realizado em uma instituição bancária pública, cujos sujeitos que compartilharam de uma mesma história institucional encontram-se frente a uma nova ordem estabelecida pela reestruturação produtiva do trabalho. Os dados foram coletados através de observação assistemática, de doze entrevistas individuais semi-estruturadas com seis sujeitos, em dois momentos distintos da reestruturação produtiva do trabalho bancário: ápice da implantação da reestruturação – 1998, e seis anos após – 2004; as fontes documentais provêm de documentos da empresa e de instituições como DIEESE e FEBRABAN. A análise de conteúdo foi feita seqüencialmente através de pré-análise, exploração e interpretação dos dados, visando explorar a passagem do tempo cronológico na percepção que os sujeitos têm da reestruturação produtiva do trabalho bancário, e que conseqüências apresenta em relação aos modos de resistência e consentimento. Os resultados indicam que a passagem do tempo cronológico afeta e re-atualiza a percepção que os sujeitos têm dos acontecimentos relativos à reestruturação produtiva do trabalho. A passagem do tempo afeta a lembrança e o esquecimento dos fatos ocorridos, e disso resultam estratégias de distorção, generalização, homogeneização e suavização das percepções, bem como uma despersonalização dos sujeitos em relação aos fatos, contribuindo para a reconfiguração de modos de consentimento e de resistência frente à nova ordem estabelecida pela reestruturação produtiva.
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