DIFICULDADES ENFRENTADAS PELA ENFERMAGEM NO CUIDADO À MULHER COM ÓBITO FETAL

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.54909/sp.v7i1.128168

Palabras clave:

Educação em Enfermagem, Atitude Frente a Morte, Enfermagem Obstétrica, Parto Humanizado, Comunicação em Saúde

Resumen

O processo de morte e morrer é fato iminente na vida humana e faz parte da realidade dos profissionais da área da saúde. Estudos indicam que os profissionais apresentam dificuldades para realizar o manejo e a assistência à pessoa que experiencia uma perda, principalmente quando ocorre no início da vida, como é o caso dos óbitos fetais. O objetivo do estudo foi identificar as dificuldades da equipe de enfermagem no cuidado à mulher com diagnóstico de óbito fetal. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de abordagem Convergente Assistencial, realizada em uma maternidade do sul do Brasil. A coleta de dados ocorreu entre novembro de 2014 e maio de 2015, a partir de uma prática educativa com 23 profissionais da equipe de enfermagem. A análise seguiu quatro etapas – apreensão, síntese, teorização e transferência. Os resultados demonstraram que os profissionais apresentam dificuldades de enfrentamento da perda fetal na maternidade. Há falhas na comunicação entre os profissionais e a mulher, por não se sentirem preparados para atuar nesta situação. Por outro lado, a comunicação não verbal por meio do silêncio, respeito no tempo da fala, olhar preocupado, espontaneidade dos gestos e carinho, foram apontados como importantes estratégias de enfrentamento da morte. As condutas da enfermagem no processo de parir na perda fetal também influenciam esta experiência, sendo relevante a oferta de métodos não farmacológicos para alívio da dor durante o trabalho de parto e parto e o cuidado integral individualizado. Falhas estruturais e organizacionais da instituição, que não assegurava a privacidade das mães enlutadas durante o atendimento, foram apontadas como empecilho neste contexto. O estudo mostrou que as principais dificuldades enfrentadas pela enfermagem no cuidado à mulher que vivencia o óbito fetal dizem respeito a falhas na formação profissional e problemas estruturais da instituição.

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Biografía del autor/a

Larissa Rocha, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Enfermeira. Mestra em Gestão do Cuidado em Enfermagem pelo Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis, Brasil

Roberta Costa, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Enfermeira. Dra. Professora Adjunta da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis, Brasil

Íris Elizabete Messa Gomes, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Enfermeira. Mestra em Enfermagem pelo Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis, Brasil

Isadora Ferrante Boscoli de Oliveira Alves, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Naturóloga. Mestra em Enfermagem pelo Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis, Brasil

Rosiane da Rosa, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Enfermeira. Doutora em Enfermagem pelo Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis, Brasil

Margarete Maria de Lima, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Enfermeira. Dra. Professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis, Brasil

Publicado

2023-03-02

Cómo citar

ROCHA, L.; COSTA, R.; GOMES, Íris E. M.; ALVES, I. F. B. de O.; ROSA, R. da; LIMA, M. M. de. DIFICULDADES ENFRENTADAS PELA ENFERMAGEM NO CUIDADO À MULHER COM ÓBITO FETAL. Saberes Plurais Educação na Saúde, [S. l.], v. 7, n. 1, p. e128168, 2023. DOI: 10.54909/sp.v7i1.128168. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/saberesplurais/article/view/128168. Acesso em: 1 may. 2025.

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